quarta-feira, 30 de julho de 2014




Longe É Perto...

Um Dia Vou Te Encontrar Porque Nenhuma Distância É Longe, Quando Se Ama O Quanto Eu Amo Você.
→ Renata Mangeon ←




“Muita coisa é resolvida em um simples abraço.
Dentro dele o mundo fica mais seguro e bonito.
Com ele surge a esperança e o encontro.
O abraço protege, ampara, vibra, renova, acalma.
O abraço manda embora as mágoas, angústias e falhas.
E faz a vida ficar muito mais leve.”

Clarissa Corrêa


Até amanhã...fiquem com Deus!
Adoro vocês!


30 de julho de 2014 | N° 17875
MARTHA MEDEIROS

Uma pequena joia

Não sei se é de família ou hábito apenas da minha mãe, só sei que, entre nós, qualquer preciosidade é chamada de joia. Pergunto para minha mãe sobre um filme ou sobre um lugar que ela conheceu, e se ela responde que é bonito é porque é bonito, se responde que é interessante é porque é interessante, mas quando ela diz “é uma joia”, logo me sento e me disponho a ouvir os detalhes.

E ela não diz joia referindo-se àquela gíria que não se usa mais. Se ela diz que é uma joia, é algo especial, em que se deve prestar atenção. E se ela diz: “É uma pequena joia”, aí é porque a coisa é grandiosa mesmo. Em casa sempre rezamos pela cartilha do “menos é mais”, preferindo as pequenas joias em detrimento das ostentosas. Um discreto ponto de luz, um brilhante comedido, algo que reina sem pompa, o clássico que não se pavoneia, a elegância que não é extravagante: isso.

Quem já leu o italiano Alessandro Baricco sabe que ele se adapta bem à descrição de valor que fiz acima. Já havia lido dois ótimos livros dele e recentemente estive com o terceiro em mãos, que se chama Mr. Gwin. Um livro com um nome próprio como título é sempre um enigma. Quem seria Mr. Gwin? O que faz? Qual o seu conflito? Para que time torce? Por que devo parar minha vida rotineira e apressada para dedicar algumas horas a esse fulano?

Mr. Gwin é realmente um fulano até que se abra a primeira página, mas Alessandro Baricco é autor respeitado. Então, mais em consideração ao prestígio do autor do que àquele ilustre Mr. Gwin desconhecido, abri o livro.

Quando terminei, pensei nela. Já sabia como recomendá-lo: mãe, é uma pequena joia.

Autêntico, poético, magistralmente bem escrito. Curto, sintético, nenhuma palavra falta, nenhuma palavra sobra. Original sem ser exibicionista, contido sem ser humilde.

Uma história meio estranha, mas daquelas estranhezas que se infiltram na alma, que fazem a gente perder a insistência de buscar realidades comprovadas: a troco de quê devemos acreditar apenas naquilo que já vimos antes? Qualquer história é uma história, e é a ela que o livro presta reverência, mais do que aos personagens, ainda que eles brilhem também.

É uma pequena joia porque é pequena no tamanho, mas comove por sua literatura tão bem lapidada. Porque não é um livro como tantos, tem uma singularidade que o destaca. Ou talvez seja uma pequena joia apenas porque gostei dele, mesmo que ninguém mais goste – aquilo de que gostamos é sempre significativo a despeito do que pensem os outros.

Pode ser que você não encontre nada de relevante em Mr. Gwin, caso aventure-se a lê-lo. O que para mim foi percebido como uma pequena joia talvez lhe pareça uma grande porcaria. Assim é a vida, povoada por opiniões diversas. Mas que ao menos essa conversa toda tenha feito você questionar o que significa uma pequena joia em seu próprio conceito. Porque, entre tantas bugigangas que nos cercam, temos o dever de eleger algumas raridades.


domingo, 27 de julho de 2014


L i n d o  D o m i n g o !



T e  A d o r o !






Paz é ter a certeza de que
Deus sempre trabalha a nosso favor.
No tempo certo, o milagre acontece.

__ Marcelle Melo__




Lindo Domingo Anjo!

sábado, 26 de julho de 2014


Quando você desviar do caminho, comece tudo de novo.
Pois assim você terá cada vez mais amor pela vida e descobrirá
que ser feliz não é ter uma vida perfeita.

_S.Bernardelli_


Lindo Finzinho de  sábado pra você!



Nesse caminho virtual



esbarrei com espinhos que ferem e incomodam



Mas nele, também existem flores, flores é você



Não posso ver o rosto, nem olhar em seus olhos



Mas posso sentir o aroma de sentimentos fraternos



que exalam do seu coração expressão do calor humano



do afeto e do carinho 



que trocamos nos momentos 



que compartilhamos, tocar meu coração e refletir



em minha alma, tornando insignificante a distância 



que se faz entre nós, que Deus me faça sempre


 
presente no seu coração, assim como você está 



no meu.


Te adoro!

Beijos meus ...





"E de repente, não mais que, uma tarde
quase quebrando de tão clara,
você chegou na minha saudade." 



Beijos e meu carinho



27 de julho de 2014 | N° 17872
MARTHA MEDEIROS

Uma blusa e uma amizade

Eu estava na cidade dela, não na minha, e sendo visita acatava as sugestões de tudo: onde almoçar, o que ver, o que fazer. Não que eu fosse uma estrangeira naquele lugar, pelo contrário, era uma das capitais em que mais estava quando não estava em Porto Alegre, seguia meus próprios rituais quando andava sozinha por suas alamedas, já tinha preferências sedimentadas, mas desta vez caminhava ao lado de uma amiga nova e nativa, e que, com um entusiasmo de anfitriã, apontava o que eu deveria enxergar com os olhos dela, não com os meus.

Foi então que passamos por uma loja de calçada, uma butique com uma atmosfera oriental, que ela apresentou como seu local preferido para comprar túnicas, pantalonas, roupas exóticas e coloridas. “É a tua cara, Martha, vamos entrar.” Entramos feito duas arqueólogas em busca de alguma raridade, até que ela garimpou uma blusa entre tantas, linda de fato. “Experimenta!” Obediente, fui para o provador e vesti a blusa que era três vezes o meu tamanho e custava três vezes mais do que meu orçamento permitia. “Vou levar”, anunciei.

Minha nova amiga ficou alegre e segura com a comprovação do quanto já me conhecia. “Tinha certeza de que você iria amar essa loja.” Aquela loja que ela julgava a minha cara, e que até era, ainda que “cara” fosse palavra incompatível com meus sonhos de consumo.

Isso foi quando? Uns seis anos atrás, talvez sete, talvez oito.

Depois disso, ficamos mais e mais amigas, mas nunca usei a blusa. Inúmeras vezes a coloquei, tirei, coloquei de novo, tentei combinar com calça, com saia, experimentei por cima do biquíni, até pensei em usar para dormir, aí lembrei do preço, não, para dormir não. Recolocava no armário e a deixava pendurada no cabide, aguardando a oportunidade que toda mulher acredita que virá, mas que para aquela blusa não veio.

Esta semana, arrumando gavetas, separando peças para doação, peguei a blusa e pensei: “Chegou tua hora”. Não era a primeira vez que me preparava para dar adeus a ela, mas relutava feito um amor que a gente sabe que não serve, mas que se ilude que um dia, por milagre, se transformará no nosso número. Só que as coisas não mudam apenas porque queremos que mudem. A linda blusa morou em minha casa por um tempo demasiado devido a minha fé e romantismo, mas havia chegado o momento de seguir o seu destino.


Dobrei-a com carinho e a coloquei numa sacola junto a camisetas gastas e a jaquetas puídas. Misturei a blusa virgem junto a peças veteranas, ela que também já não aparentava ser muito nova, ainda que sem uso. E lá se foi ela, intocada, sem meu cheiro. A blusa que comprei apenas para vestir uma amizade ainda nua.

27 de julho de 2014 | N° 17872
 FABRÍCIO CARPINEJAR

Bem que você poderia me amar

Você pode amar para esquecer quem foi um dia.

Você pode amar para lembrar quem foi um dia.

Você pode amar para recuperar a infância.

Você pode amar para repetir a adolescência.

Você pode amar para combater a velhice.

Você pode amar de olhos abertos, enxergando as falhas.

Você pode amar de olhos fechados, relevando os foras.

Você pode amar para se endividar.

Você pode amar para criar patrimônio.

Você pode amar para encontrar equilíbrio.

Você pode amar para se aproximar do abismo.

Você pode amar para ganhar lucidez.

Você pode amar para enlouquecer.

Você pode amar para adoecer de ciúme.

Você pode amar para ter segurança.

Você pode amar pessimista, falando mal aos seus amigos.

Você pode amar com esperança, silenciando os atritos.

Você pode amar magoado.

Você pode amar leve e desembaraçado.

Você pode amar para romper o padrão de antigos amores e aceitar que estava errado.

Você pode amar para imitar outros amores e se convencer de que estava certo.

Você pode amar fraquejando e acreditando nas próprias mentiras.

Você pode amar dizendo unicamente a verdade e suportando as crises da franqueza.

Você pode amar para confirmar expectativas.

Você pode amar para contrariar sua idealização.

Você pode amar para converter bandidos em santos.

Você pode amar para fazer santos pecarem.

Você pode amar à primeira vista.

Você pode amar por repescagem.

Você pode amar desconfiando e questionando as evidências.

Você pode amar por clarividência.

Você pode amar para ser triste e se deprimir de canções e livros.

Você pode amar para alegrar as estantes e os ouvidos.

Você pode amar para concordar com o terapeuta.

Você pode amar para se opor ao terapeuta.

Você pode amar para fugir da família.

Você pode amar para unir a família.

Você pode amar superficialmente, escondendo o que pensa.

Você pode amar profundamente, sem segredos e âncora para se fixar nas palavras.

Você pode amar pelo sexo.

Você pode amar pelo romance.

Você pode amar pela exposição.

Você pode amar pela solidão a dois.

Você pode amar os intermináveis problemas e brigas.

Você pode amar a paz que vem com o fim da noite.

Você pode amar compreendendo e rindo dos defeitos.

Você pode amar julgando e condenando as diferenças.

Você pode amar cuidando das roupas, da comida, da casa.

Você pode amar com a arruaça das ruas e da boemia.


Mas amor mesmo é quando você está contando seus dias, com toda a concentração dos números, e alguém chega para lhe atrapalhar de eternidade. E você esquece onde estava, a soma da sua vida, e só pensa em ficar para sempre do jeito que for. Ainda que seja por um dia.

27 de julho de 2014 | N° 17872
ANTONIO PRATA

Íntimos desconhecidos

Finalmente, transpostos junho e julho, esses meses vagabundos em que a vida foi marcada, driblada e vencida pela Copa, consegui terminar de ler a biografia do Rubem Braga, que eu havia começado em maio. Ontem, às duas e tanto da manhã, com os olhos ardendo e um aperto no peito, virei a última página.

Ao apagar o abajur, pensei que a angústia fosse causada pela morte do “velho Braga”, descrita de forma sóbria e delicada por Marco Antonio de Carvalho: descobrindo um câncer em estágio avançado, o cronista, que sempre viu mais beleza nas pescarias do que nas epopeias, optou por não se tratar; preparou a partida, distribuiu os livros e os quadros, se despediu dos amigos, deitou e não se levantou mais.

Hoje, porém, acordei com a sensação de que não era exatamente a morte do escritor a parte mal digerida da biografia. A azia existencial me perseguiu ao longo do dia e só no meio da tarde, quando terminei um e-mail com uma exclamação (o que pode ser menos bragueano do que uma exclamação?), entendi o que me incomodava – algo que eu já vislumbrava desde que passei a conviver mais de perto com os humores, afetos e idiossincrasias do meu íntimo desconhecido: o Rubem Braga não ia gostar de mim.

É duro constatar um negócio desses, depois de duas décadas de convívio intenso. É como descobrir que a sua mulher está te traindo. Não, é pior: a mulher que trai o marido pode amá-lo – ou, pelo menos, já o ter amado, um dia. Rubem Braga nunca me amaria. Ele era quieto, eu, falastrão. Ele não sorria pra todo mundo, eu pareço um candidato a vereador. Ele era um velho lobo do mar, eu cresci patinando no gelo, no Shopping Morumbi.

Nesses 20 anos de relação, já me imaginei várias vezes voltando ao passado e sendo apresentado ao cronista, por um amigo em comum. Já me projetei na famosa cobertura da Barão da Torre, em Ipanema, batendo papo no jardim. Não me vejo falando sobre passarinhos ou ventos alísios – nasci em São Paulo, cresci em São Paulo, minha relação mais próxima com a natureza foram dois gatos e uma tartaruga de aquário –, mas quem sabe conversássemos sobre a infância, que é sempre interiorana, e descobríssemos insuspeitos paralelos entre o Itaim Bibi e Cachoeiro do Itapemirim? Eu lhe mostraria um ou outro texto, ele me ofereceria uma cachaça, comeríamos jabuticabas.

Todas essas fantasias desapareceram, agora que li o livro. Não sou o tipo de pessoa com quem Braga se daria bem. Me vejo saindo de sua cobertura e o ouço comentar com nosso amigo que me achou frívolo, meio bobo, talvez. Pede – seco, mas não rude – que não me leve mais ali.



Saímos andando por Ipanema, eu e esse amigo sem rosto, que me consola. Para minha sorte, esse amigo é muito bem relacionado e avista, no fundo de um bar, uma mesa improvável, mas não impossível: João Ubaldo Ribeiro e Ariano Suassuna. Nos sentamos. Os dois falam pelos cotovelos e riem muito, como eu. Em meia hora, somos amigos de infância. Eles me acham o máximo, me convidam para uma moqueca em Itaparica, um vatapá no Recife e uma saideira no Antonio’s, onde nos aguardam Millôr Fernandes e Vinicius de Moraes. Saio trôpego pela calçada, às duas e tanto da manhã, com os olhos ardendo e o peito transbordante.

Cristiano Quevedo - "Chalana"

 

Cristiano Quevedo - Um mate novo

 

cristiano quevedo _ gaucho de coraçao

 


Guri do Campo - Vinícius Brum

sexta-feira, 25 de julho de 2014


Amigo...

Sou grata pelas letrinhas mágicas
que me envias a cada dia
aquecendo os dias frios
colorindo as noites sombrias
São pedacinhos da tua alma
carinho que acalma
Tens plantado flores em meu coração
Tem sido muito mais que um irmão...


((Arnalda Rabelo))


Teu Coração, tão Bonito,enfeita o meu sorriso.

((Rita Simões))


Fiquem com Deus...beijos!


Desejo a todos uma linda noite...
Grata por todo carinho que recebo...



Bonito é quem abraça apertado, quem sorri
com a alma e tem um coração generoso.
Bonito é quem sonha mas tem os pés
no chão, é quem sabe ser gentil
e diz “bom dia!”, “obrigada!”
e “com licença!”.
Bonito é quem espalha amor e compartilha
a felicidade, é quem tem respeito e amor pelo próximo.
Bonito é quem tem fé em Deus, quem tem simplicidade,
quem tem coragem, quem sabe viver!"
(Bordar Sorrisos)




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