sábado, 12 de julho de 2014


Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes.
E uma alegria solitária pode se tornar patética.
É como ficar com um presente todo embrulhado com papel
enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer: 
tome, é seu, abra-o!

Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma 
espécie de contenção, evitando o tom de tragédia, então
raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos.
(Clarice Lispector)




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