sábado, 14 de setembro de 2024


14 de Setembro de 2024
MARTHA

Mar e sombra

Entre tantos títulos, cito dois: o magnífico Misericórdia, da portuguesa Lídia Jorge, e Nós, da brasileira Tamara Klink. Um em aparente oposição ao outro. O primeiro narra os becos sem saída da velhice, na voz de uma idosa internada em uma casa de repouso. Em meio a outros internos e com a morte em seus calcanhares, ela não se entrega ao derrotismo e mantém a cabeça em heroica ebulição: em troca, deseja ser poupada. Da demência, do abandono, dos maus-tratos. Novos moradores chegam e outros desaparecem de repente, deixando seus assentos vazios no refeitório: não acordaram, nem acordarão. Cada dia é uma vitória vencida contra a pior noite, aquela que se tornará permanente, e está prestes a chegar.

O outro livro é o contrário. No auge da juventude, aos 20 e poucos anos, Tamara abre seu diário de bordo e nos deslumbra: não quer ser poupada de nada. Nascida na beira da praia, tendo passado a infância vendo seu pai navegar sozinho pelo mundo e retornar para contar, ela investe na mesma aventura, a seu modo: compra um barco e iça as velas, fazendo travessias solitárias que lhe exigem simplesmente tudo: desde consertar cabos e enfrentar ondas gigantes, até lidar com a ausência de qualquer voz e períodos de sono que não excedem 10 minutos.

Uma mulher perto do fim e uma mulher em seu início, ambas com a mesma coragem diante das incertezas, e tentando responder uma pergunta formulada por Tamara, mas que serve para ambas, e para nós: como pode tanta liberdade e tanta renúncia caberem num espaço tão pequeno?

Espaço pequeno: o barco, a vida. Navegamos, todos, ao sabor da correnteza, fazendo o melhor que podemos para não afundar. Na juventude, não queremos ser poupados de nada, emoções e riscos nos atraem, aguentamos noites insones, frutas vencidas e temos pernas e braços para o que vier. Na velhice, nos poupem: das conversas chatas, de comida sem gosto, e parem de encontrar defeitos em nossa saúde, basta de medicação.

Que sorte ainda estar entre os dois extremos. Não me poupo das viagens, mas já me poupo das roubadas. Não me poupo do amor, mas recuso a dependência. Nem barco em alto-mar, nem casa de repouso. A vida navegando no meio - já pendendo, claro, para um lado, mas em curso. Durante as calmarias, sob um céu nebuloso, me apego ao sossego moderado dos livros: corpo inerte, a mente em chamas. Quando o vento vira, e ele está virando, atenção plena, coração aos pulos, o corpo exigido ao máximo: nada de deixar a pior noite se aproximar. Olha o sol ali, aparecendo. _

MARTHA

14 de Setembro de 2024
CARTA DA EDITORA

Donna Beauty Pompéia

Leve e descontraído = Além do tutorial

Chegou mais um fíndi para se divertir e as Gu te convidam para um sextou leve e lindo com looks Autentique, marca que você só encontra na Pompéia.

Os conjuntos de Alice Bastos Neves e Kelly Costa são ideais para ocasiões formais, mas, com o acessório certo, ganham um ar descontraído. A dica da consultoria de moda da Pompéia é apostar nos lenços, tendência que voltou entre as fashionistas. O conjunto off white pode conquistar o charme que faltava com lenço bandana e óculos de sol. Já a opção em preto ganha um toque colorido quando o lenço é utilizado como cinto, além da bolsa contrastante, que completa a produção.

De looks a acessórios, todas as opções estão nas lojas, no site lojaspompeia.com.br e no app. Visite a unidade do Shopping Iguatemi (Av. João Wallig, 1.800, 1º andar, de segunda a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos, das 11h às 22h) e experimente o serviço de consultoria de moda gratuita, disponível em todas as lojas. _

Muito antes do TikTok ditar as tendências do momento, vivenciamos a febre dos tutoriais de maquiagem em blogs e no YouTube, ainda nas telas dos computadores. Quem nunca tentou repetir um esfumado de sombra, aprender uma nova técnica de delineado ou entender a melhor forma de preparar a pele para evitar que a base derretesse em um evento em pleno verão, não é mesmo?

Mas nossas tentativas com suporte online só foram possíveis pela iniciativa de mulheres como Lu Ferraes. A gaúcha do Vale do Caí foi uma das primeiras influenciadoras do segmento de beleza, quando o termo blogueira ganhou o mundo. Começou a desbravar o ambiente digital compartilhando seu conhecimento como maquiadora, incentivando muitas de nós a tentar fazer a make sozinhas, até lançar a própria marca. Hoje esse mesmo caminho é seguido por outras personalidades digitais, o que a empresária enxerga como prova da força do movimento, como reflete na entrevista para a nossa editora Lou Cardoso.

Trilhando sua trajetória entre pincéis e trocas verdadeiras com o público, Lu se tornou um nome consolidado em um mercado em plena expansão e nos mostra que conteúdo não é apenas a palavra usada para se referir a postagens nas redes sociais. É assim, também, que ela nos inspira a acreditar no nosso próprio passo a passo: apostando no que a gente tem de melhor para empreender novas aventuras, mas sem perder a nossa (tão falada) essência. _

Design Week Poa

Suculenta

Entrada franca - Cheirinhos

Até o dia 21 de setembro, a Design Week POA será realizada no Pontal Shopping (Av. Padre Cacique, 2.893). As exposições, oficinas, palestras e feiras contam com mais de cem profissionais do design, além de expositores e artistas. O projeto, uma iniciativa da Open Design Independente, visa fomentar a cultura do design colocando o RS no circuito do segmento. Para garantir a entrada gratuita e conferir a programação do evento, basta acessar designweekpoa.com.

A melancia dominou a nova linha de Cuide-se Bem de O Boticário com oito produtos inspirados no aroma da fruta. Em edição limitada, a coleção traz opções para o corpo, tendo como destaque a fragrância Egeo Melancia, que acompanha loção hidratante, gel refrescante, sabonete líquido, entre outros. Os itens estão disponíveis nas lojas físicas, no aplicativo e no site boticario.com.br.

No Brasil Autocuidado

A Fenty Skin, marca de cuidados para a pele, chega ao Brasil neste mês. A partir do dia 17, os produtos estarão à venda no app da Sephora. Já no dia 19, ficam disponíveis no site (sephora.com.br) e nas lojas físicas. A linha idealizada por Rihanna propõe atender todos os tipos de pele e públicos diversos com produtos multifuncionais e fáceis de usar na hora da skincare, como máscaras, sérum, esfoliante e hidratantes.

presentinhos Bazar de Primavera

Neste sábado e domingo, o Centro Cultural 25 de Julho de Porto Alegre (Rua Germano Petersen Júnior, 250) recebe a edição anual do Bazar de Primavera. Com entrada franca, o evento ocorre das 13h às 19h e reúne mais de 50 expositores e artesãos da Capital com itens artesanais de decoração e acessórios. A feira integra o calendário de comemorações do Bicentenário da Imigração Alemã.

CARTA DA EDITORA

14 de Setembro de 2024
ARTIGO

Parceria com a Academia

Este artigo faz parte da parceria firmada entre Zero Hora e a Academia Sul- Rio- Grandense de Medicina (ASRM) em março de 2022. Uma vez por mês, o caderno Vida publica conteúdos produzidos (ou feitos em colaboração) por médicos da entidade, que completou 30 anos em 2020, conta com cerca de 90 membros de diversas especialidades (oncologia, psiquiatria, oftalmologia, endocrinologia, otorrinolaringologia etc.) e atualmente é presidida pela endocrinologista Miriam da Costa Oliveira, professora e ex-reitora da UFCSPA. Os textos são assinados por um profissional integrante do Programa Novos Talentos da ASRM, que tem coordenação do eletrofisiologista Leandro Zimerman, e por um tutor com larga experiência na área.

Quando o diagnóstico precoce faz toda a diferença

Integrantes da Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina escrevem sobre o teste do pezinho, que, na rede pública, pode identificar pelo menos seis doenças

Para integrar o teste do pezinho, é necessário que a condição e o exame atendam aos critérios estabelecidos por Wilson e Jüngner em 1968. De forma resumida, é necessário que o fato do diagnóstico ser precoce seja vantajoso em relação ao diagnóstico realizado tardiamente, quando a doença já está claramente manifesta. Além disso, deve haver tratamento efetivo, amplamente aceito, disponível e com indicações claras. O método laboratorial precisa ser aplicável em larga escala e ser custo-efetivo.

A fenilcetonúria, que foi a primeira doença alvo do teste do pezinho, atende a esses critérios e faz parte de praticamente todos os programas de triagem neonatal. Paulatinamente, outras condições foram incluídas, mas com grande variação entre países (por exemplo, são mais de 60 nos Estados Unidos e menos de 10 na Inglaterra). No Brasil, o teste da rede pública inclui pelo menos seis condições (fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, síndromes falciformes, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase). Uma lei federal de 2021 determinou a expansão gradual do Programa Nacional de Triagem Neonatal para quase 60 doenças, assim beneficiando milhares de brasileiros a cada ano. Essa lei ainda está pendente de implementação em escala nacional.

Como é feita a coleta

Um resultado alterado no teste do pezinho não leva automaticamente a um diagnóstico, mas sinaliza a necessidade de uma avaliação adicional. Frequentemente, o diagnóstico é descartado após novos testes. Quando a doença é confirmada, o bebê é encaminhado para manejo especializado, o qual deve estar prontamente disponível. A precisão na triagem e o planejamento cuidadoso são fundamentais para garantir um diagnóstico e tratamento eficazes, minimizando a ansiedade e melhorando os cuidados de saúde da criança.

E o "Teste da Bochechinha"?


14 de Setembro de 2024
J.J. CAMARGO

O que significa estar vivo?

Envelhecer não segue uma fórmula universal de paralelismo com a idade

A novidade afirmada neste primeiro quarto do século 21 é a constatação transformada em queixa da legião dos que só conseguem se sentir vivos pela preservação da utilidade. E esse comportamento não pode ser visto apenas como uma excentricidade de velhinhos inconformados, mas como um sentimento universal, fruto de uma nova realidade, tão inquestionável que, com a crescente expectativa de vida no planeta, a valorização do idoso como força de trabalho tornou-se símbolo do desenvolvimento social de cada país que se pretenda desenvolvido.

Como o envelhecer não segue uma fórmula universal de paralelismo com a idade, haverá sempre o risco de injustiça e desperdício de talentos se a velhice for sistematicamente atribuída a um determinado aniversário.

O sedentarismo pode provocar reações diversas e imprevisíveis nos eternamente ativos, desde ideias criativas de buscar novas atividades até os que não conseguem evitar e se tornam uns ranzinzas insuportáveis.

Os primeiros sintomas de que estamos migrando de turma é a diferença de tratamento pelos mais jovens, que usam com insistência o "professor" porque se sentem desconfortáveis com o "você". Mas isso não deve significar que não possamos contribuir transferindo experiência para que os novatos não repitam os muitos erros que cometemos. E, ao menos nisso, se sintam verdadeiramente originais, produzindo seus próprios vexames, e, cumprindo o destino, mantenham a roda do conhecimento girando.

Meu encanto pelos velhos é bem antigo. E com um aumento compreensível na medida em que fui me tornando um deles. Tudo começou lá atrás com meu avô materno, cuja morte trouxe um tipo estranho de orfandade, e que em nome da minha sobrevivência afetiva precisou ser tratada progressivamente pela conquista de avós emprestados, que depois de um tempo, como ocorre com filhos adotivos, se tornaram DNA compatíveis.

Baseado nessa vivência generosa, estou convencido de que uma grande crueldade do nosso tempo é tratar os velhos como invisíveis, o que machucará ainda mais àqueles que ainda não esqueceram do tempo em que foram importantes.

Senti pena, o que não é bom na velhice, de um paciente antigo a quem perguntei: "Como está a vida?". Antes que eu tivesse tempo de me arrepender da pergunta, ele, com olhos fixos no vazio, desabafou: "Hoje eu sou um tanto faz para quem eu tanto fiz". Fiquei buscando palavras de consolo, que nunca chegaram.

J.J. CAMARGO


14 de Setembro de 2024
EDITORIAL

Impasse a ser solucionado

Não é concebível que o governo federal e a Câmara dos Deputados deixem de chegar a um acordo para o presidente da Casa, Arthur Lira, convocar uma sessão extraordinária virtual na próxima semana para votar o Projeto de Lei 3.117/24, que, entre outras medidas, permite a retomada dos empréstimos do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe Solidário). 

Trata-se de um programa essencial para os empreendedores gaúchos de menor porte atingidos pela enchente. O texto também engloba outras definições relevantes para a recuperação do Estado, como a flexibilização de regras de licitações para agilizar a contratação de obras durante o período de calamidade.

O PL foi votado na Câmara no final de agosto e remetido ao Senado apenas no dia 4 deste mês. Os senadores aprovaram o conteúdo no início da última semana, mas, como o relator Paulo Paim (PT-RS) introduziu modificações no texto, há necessidade de novamente ser analisado pelos deputados federais. A Câmara, no entanto, encerrou o esforço concentrado na quinta-feira sem apreciar a matéria.

Outra mudança busca solucionar o problema de acesso aos recursos pelas empresas do Simples Nacional que estão negativadas por atrasos em compromissos depois de maio. Havia tempo hábil para a Câmara votar o projeto de lei. Esperava-se que a votação ocorresse ainda na quarta-feira. Não é despropositado considerar que, se fosse uma pauta relacionada a emendas ou outro assunto de interesse corporativo, não faltaria agilidade.


14 de Setembro de 2024
GPS DA ECONOMIA - Marta Sfredo

O "fim" da Amazônia e o impacto no RS

O pior agosto desde 2019 do ponto de vista das queimadas na Amazônia trouxe de volta o debate sobre o "ponto de não retorno" da floresta. Isso quer dizer que, a partir de determinado nível de destruição, o bioma será extinto.

E não se trata, como o cenário do oceano no lugar do Guaíba, de uma projeção de milênios. Em seu lugar, em pouco mais de 25 anos pode estar algo parecido com o Cerrado no Planalto Central do Brasil. Em entrevista à coluna em 2022, o climatologista Carlos Nobre havia exposto o tema:

- Se a gente perder a Amazônia, perde os rios voadores, o que diminui a chuva no inverno no Sul. O transporte de água para o Sul cairia entre 20% e 30%.

"Rios voadores" é o nome poético do fenômeno meteorológico que traz chuva da Amazônia para o sul do país - e também a fumaça das queimadas. Não é uma teoria: o corredor é mostrado em imagens de satélites, tanto no caso da chuva quanto no da fumaça.

"Processo irreversível de destruição"

Conforme Beto Veríssimo, cofundador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), esse ponto de ruptura é calculado em 30% por modelagem climática. Isso significa que se o desmatamento avançar até esse ponto, mesmo que seja zerado a partir desse momento, "a floresta vai entrar em um processo irreversível de destruição".

Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Ambientais (Cemaden), neste ano 59% do Brasil está com algum grau de seca. Não é coincidência que isso ocorra enquanto o fogo consome a floresta, como explicou Carlos Nobre:

- A estação seca está de três a quatro semanas mais longa nos últimos 40 anos. No sul da Amazônia, há aumento da mortalidade de árvores típicas de clima úmido. A estação seca, que era curta e com alguma chuva, está de 2ºC a 3ºC mais quente. Antes, isso ocorria quando havia El Niño, a cada 15 ou 20 anos. No intervalo, a floresta se recompunha.

Não existe atividade econômica blindada a esse grau de risco. 

O governo federal elevou para 3,2% a projeção de crescimento para 2024. Como a meta fiscal é atrelada ao PIB, caso se confirme facilita seu alcance. E há possibilidade de que maior arrecadação compense mais gasto. Tudo em tese.

Após "pibão" e deflação, atividade cai: e agora, BC?

Não por acaso, o "consenso de mercado" de três altas seguidas de 0,25 ponto percentual no juro básico veio depois do "pibão" do segundo trimestre.

Na sexta-feira, o Banco Central (BC) informou que seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) caiu 0,4% em julho, depois da forte alta de 1,4% de junho. É o segundo sinal negativo, depois da deflação de agosto, que precede a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que deve iniciar "miniciclo" de alta do juro.

E agora, BC? Como justificar um aumento na taxa Selic quando o país registra deflação - ainda que quase simbólica, como a coluna destacou - e redução na atividade econômica?

O economista André Perfeito, que admite seus próprios erros, sustenta que o juro só vai subir porque o mercado tem errado ainda mais.

Por outro lado, se a primeira decisão depois do anúncio oficial do futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo, contrariar o "consenso de mercado", pode gerar ainda maior desancoragem de expectativas.

Vai ser a reunião da "âncora flutuante", expressão absurda que tenta simbolizar o paradoxo atual na economia. _

Ajuda contribuiu para mitigar perda

A rede de lojas taQi, do Grupo Herval, teve alta de 10% no faturamento de maio a julho deste ano ante mesmo período de 2023. Conforme a empresa, ajudou a oferta criada para clientes contribuírem para a reconstrução. A varejista ofereceu vale-compras para materiais de construção, eletrodomésticos e itens essenciais.

A taQi teve cinco das 56 lojas atingidas pela cheia, com perda quase total em São Sebastião do Caí, São Leopoldo, Três Coroas, Igrejinha e Rio Grande, somando prejuízo de R$ 1 milhão. _

Recorde em fábrica "salva" por clientes

Após prejuízo de R$ 3 milhões da enxurrada, a Odara retoma com produção recorde de 814 mil alfajores só em agosto. ?A média de janeiro a abril era de 580 mil unidades por mês, entre próprias e terceirizadas.

Localizada no bairro Sarandi, a empresa teve de parar entre maio e junho. No período, cerca de 3,6 mil clientes "salvaram" a empresa comprando 75 mil alfajores em pré-venda e adiantando R$ 570 mil.

As entregas ocorreram em agosto, o que ajuda a explicar o recorde. Mas não só: entre julho e agosto, a Odara fechou contratos com 35 parceiros comerciais. De abril a maio, foram 15 negócios acordados.

- O acolhimento foi maior do que imaginávamos - afirma o empreendedor Jeison Scheid.

A Odara prevê faturar cerca de R$ 24 milhões neste ano e, no próximo, R$ 40 milhões. Projeta novos produtos até 2025 e estuda alimentos saudáveis. _

GPS DA ECONOMIA

14 DE SETEMBRO DE 2024
POLÍTICA E PODER - Paulo Egídio

Fumaça faz Capital estender Operação Inverno

Diante do aumento da procura por atendimento para doenças respiratórias, a prefeitura de Porto Alegre vai prorrogar por 30 dias a Operação Inverno. A ação que amplia o número de leitos hospitalares disponíveis na rede de saúde da Capital iria até o final de setembro, e agora será estendida até o final de outubro.

A decisão foi tomada na sexta-feira pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), diante da sobrecarga nas emergências da Capital, causada principalmente por complicações respiratórias. A secretaria avalia que os casos estão relacionados à piora da qualidade do ar causada pela presença da fumaça oriunda de queimadas em outros Estados brasileiros e em outros países.

Na sexta-feira, a Região Metropolitana de Porto Alegre era um dos lugares com o ar mais poluído do mundo, conforme medição de uma empresa suíça (leia mais na página 15).

Expediente comum

Acionada todos os anos para fazer frente ao aumento da procura de leitos nos meses mais frios, a Operação Inverno amplia a quantidade de leitos disponíveis na Capital.

Das 135 vagas abertas neste ano, 103 vão permanecer disponíveis nos hospitais da Restinga e Extremo-Sul, Vila Nova e São Lucas. São leitos clínicos, de suporte ventilatório pediátrico e UTI pediátrica. O Hospital de Pronto Socorro (HPS) também ampliou 20 leitos permanentes de retaguarda.

A extensão da operação por mais 30 dias custará entre R$ 500 mil e R$ 800 mil à prefeitura, de acordo com a SMS. _

Yeda deixa o PSDB

Após 34 anos no PSDB, a ex-governadora do Rio Grande do Sul Yeda Crusius pediu desfiliação do partido. A saída foi efetivada há alguns dias e confirmada pela ex-governadora na sexta-feira.

Questionada sobre a saída, Yeda enviou uma crônica em que reflete sobre sua trajetória política e menciona a crise vivida pelo partido e relatou que está assumindo um novo projeto na área da comunicação:

- Para assumir esse novo projeto de comunicação, para mim, requer não ter qualquer outro vínculo para que me sinta com total liberdade de ação e opinião.

Presidente estadual do PSDB, a prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, disse que não pretende se manifestar sobre o caso antes de conversar com Yeda, por quem disse nutrir "admiração e respeito".

Além de governar o Estado entre 2007 e 2010, Yeda foi ministra do Planejamento no governo Itamar Franco, em 1993, e deputada federal. _

Bolsonaro ajuda campanha de aliados e promete que "direita voltará"

A três semanas das eleições municipais, o PL trouxe mais uma vez o ex-presidente Jair Bolsonaro para percorrer cidades gaúchas. Acompanhado por deputados federais do PL, Bolsonaro reforçou discursos da direita e produziu material para ser explorado nas campanhas dos candidatos de seu partido.

O ex-presidente ficou dois dias em solo gaúcho e encontrou apoiadores em pelo menos 10 cidades, entre quinta e sexta-feira.

Nos atos, Bolsonaro abordou assuntos da política nacional, exaltando medidas da sua gestão e criticando o presidente Lula, o governo federal e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro também pediu apoio para candidatos da direita nas eleições municipais como forma de reforçar o campo político para 2026.

- Nós não iremos desistir dessa grande nação, a direita voltará, os conservadores voltarão e voltaremos a sorrir - disse, durante parada em posto de gasolina em Canguçu. _

Multa para Juliana

A campanha de Juliana Brizola (PDT) foi multada em R$ 5 mil pela Justiça Eleitoral por impulsionamento de propaganda negativa contra o prefeito Sebastião Melo.

Os advogados do prefeito entraram na Justiça questionando o pagamento para impulsionar uma publicação em que Juliana critica o governo Melo pela paralisação na obra de uma escola. _

Tucano desiste

O vereador Gabriel Dias (PSDB) desistiu de concorrer à prefeitura de São Leopoldo e passou a apoiar Heliomar Franco (PL).

- Estamos renunciando à nossa candidatura para apoiar o Heliomar por ser a melhor via para derrotar o PT na nossa cidade - alegou Dias, em live nas redes sociais.

O candidato do PT é Nelson Spolaor, apoiado pelo prefeito Ary Vanazzi. Também concorrem Arthur Schmidt (MDB), Hitler Pederssetti (Podemos) e Manoel Bandeira (PSOL). _

Casas do Exército em General Câmara ficarão com desabrigados

Depois de quatro meses de insistência do prefeito Helton Barreto (PP), 25 casas que pertencem ao Exército em General Câmara estão prestes a ser repassadas a famílias desalojadas pela enchente.

De acordo com o secretário federal da Reconstrução, Maneco Hassen, a expectativa é entregar as chaves aos atingidos na próxima semana:

- Faremos cedência dessas casas para o município repassar às famílias, e o município depois, com calma, faz a individualização das escrituras.

As residências foram construídas para uso de militares, mas estão vazias desde que o quartel começou a ser fechado na cidade, em 2022. _

A despeito do apoio oficial do PSDB a Juliana Brizola (PDT), candidatos a vereador do partido já estão colando sua campanha no prefeito Sebastião Melo (MDB).

POLÍTICA E PODER


14 DE SETEMBRO DE 2024
NOTÍCIAS

Eleição em São Paulo coloca Marçal no radar de Lula e Bolsonaro para 2026

Fenômeno político

Ex-coach que concorre pelo PRTB disparou nas pesquisas com discurso beligerante e antipolítica e alterou os rumos de uma disputa que estava inclinada a repetir a polarização nacional. Influência sobre próximo pleito presidencial já começa a ser avaliada pelos principais partidos

Maior e mais cobiçado colégio eleitoral do país, a capital paulista costuma indicar aos partidos as tendências políticas que irão nortear a população brasileira dois anos depois, na disputa pela Presidência da República e pelos governos estaduais. Em 2024, a polarização nacional estabelecida entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro se reflete na campanha, mas acabou turvada pelo estilo debochado e agressivo de Marçal.

Dono de uma fortuna declarada de R$ 169 milhões e com engajamento digital oito vezes superior aos nove adversários somados, Marçal encarnou o papel de outsider, o candidato antissistema que despreza a política tradicional. Nos discursos, diz que não precisa de partidos nem de aliados, simplifica problemas complexos e faz promessas mirabolantes, como a construção do maior arranha-céu do mundo e teleféricos para transportar moradores de comunidades pobres.

Sua principal estratégia, contudo, é incentivar o individualismo e disseminar entre os eleitores a crença de prosperidade financeira baseada em inteligência emocional.

Esse é o método com o qual enriqueceu vendendo cursos de autoajuda. Dessa forma, triplicou as intenções de voto, saltando de 7% em maio para 23% na mais recente pesquisa Quaest, divulgada na quarta-feira.

O crescimento vertiginoso, calcado basicamente na multiplicação de memes e vídeos curtos nas redes sociais, assusta Lula e Bolsonaro. Ambos estão empenhados em eleger, respectivamente, Boulos e Nunes, marcando a vitória como uma conquista pessoal.

Para tanto, compraram brigas internas em seus partidos. Lula fez o PT abdicar de candidatura própria pela primeira vez na cidade e Bolsonaro rifou os postulantes do PL, preferindo indicar o vice de Nunes. O objetivo era polarizar a eleição, emulando o antagonismo nacional.

A evolução da campanha logo mostrou que Marçal se tornaria um complicador incontrolável. Nos debates, descumpre regras, faz acusações sem provas e enerva os adversários criando apelidos pejorativos. Boulos virou "Boules", alusão à linguagem neutra usada em um comício do candidato, Nunes é o "Bananinha", José Datena (PSDB) é o "Dapena" e Tabata Amaral (PSB), a "Chatabata".

O grupo reagiu reforçando na propaganda uma condenação criminal de Marçal por integrar quadrilha de desvio em contas bancárias e as relações de membros da campanha com o PCC.

Reações nos dois lados

Tarcísio, porém, redobrou a aposta no aliado. Candidato à reeleição e com 65% do tempo de rádio e TV, Nunes recuperou terreno exibindo o apoio do governador e realizações da gestão municipal. Com o latifúndio midiático, o maior na história das eleições paulistanas, o prefeito avançou em quase todas as faixas de renda e idade, melhorou a própria avaliação e conquistou eleitores de Bolsonaro que haviam migrado para Marçal.

Nos bastidores, os estrategistas de Nunes já dispensam o apoio do ex-presidente no primeiro turno. O comitê trabalha para desidratar Marçal e forçar um segundo turno contra Boulos, ocasião em que uniria o eleitorado de direita.

Ciente de que Marçal registrou aumento na rejeição e desconfiado de que ele pode ter batido no teto das intenções de voto, Bolsonaro ensaia reaproximação com Nunes. Agora, o objetivo é se engajar na reta final da campanha e aparecer como fiador de um eventual êxito sobre a esquerda.

O ex-presidente sabe que as chances de aprovar no Congresso uma anistia à inelegibilidade passam pela imagem de que é capaz de galvanizar candidaturas vitoriosas em torno da própria imagem, catapultando aliados nos Estados e municípios. Já Lula busca pavimentar o caminho à reeleição recuperando a capital paulistana após o fiasco da derrota de Fernando Haddad no primeiro turno em 2016, quando João Doria obteve o triplo de votos do PT. _

FÁBIO SCHAFFNER

14 DE SETEMBRO DE 2024
INFORME ESPECIAL - Vitor Netto

A possível volta do horário de verão

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou, na última quinta-feira, que a volta do horário brasileiro de verão é "uma possibilidade real". Contudo, o titular da pasta disse que a medida não pode ser tomada de maneira precipitada, devido às implicações no cotidiano da população.

O mecanismo, quando criado, teve como objetivo reduzir o consumo de energia elétrica. Silveira declarou, também, que pesquisas demonstram que os efeitos são positivos para diversos setores econômicos do Brasil. O ministro acredita que a economia gerada é importante para reduzir o despacho de usinas térmicas nos horários de pico de consumo.

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) defende a retomada da medida, que, na sua visão, estimula uma maior movimentação de pessoas em estabelecimentos comerciais. Em bares e restaurantes, por exemplo, a entidade estima que o horário de verão possa elevar o faturamento em até 15%.

O professor Fabio Raia, do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Presbiteriana Mackenzie, acredita que a preocupação do governo tenha relação com o cuidado para que não ocorra a falta de energia e também a preocupação com a seca que o país enfrenta.

- Acredito que colabora para o país, mas poderia ser melhor estudada uma alternativa. Existe uma concepção de economia, mas o valor é irrisório diante ao transtorno gerado. No balanço monetário, não há uma grande diferença. Falamos de milhões, não de bilhões - disse à coluna.

O professor reconhece que há melhorias para o turismo, serviços, comércio e no cotidiano das pessoas, contudo uma campanha de economia de energia, na sua visão, poderia ser mais efetiva. _

Histórico

O horário brasileiro de verão foi instituído, pela primeira vez, pelo então presidente Getúlio Vargas, entre outubro de 1931 e março de 1932. De forma contínua, o sistema funcionou de 1985 até 2019, quando o governo de Jair Bolsonaro decidiu revogá-lo, alegando pouca efetividade na economia energética. Agora, o assunto volta à discussão.

Donald Trump descartou a possibilidade de outro debate contra Kamala Harris antes das eleições americanas de novembro. O republicano disse que a democrata só queria uma revanche porque ele "claramente" venceu.

Estudantes no Legislativo

A edição de 2024 do Deputado por Um Dia se encerrou nesta semana e aprovou cinco projetos voltados para a educação, sustentabilidade, cultura gaúcha e reconstrução do Estado.

Entre os projetos, um deles foi o Intercâmbio Estudantil, que propõe a troca de conhecimento entre estudantes de regiões diferentes. Já a iniciativa Aplicativo de Monitoramento da Reconstrução visa informar a população, a partir de um link eletrônico, sobre obras e aplicação de recursos da reconstrução.

Também foram aprovados os projetos Integração e Vivências da Cultura Gaúcha; Oficinas Extracurriculares; e Coleta de Lixo Reciclável nas Escolas do Campo.

Participaram da edição de 2024 alunos de cinco escolas: Instituto Estadual de Educação Professor Isaías, de Santiago; Escola Municipal Batista, de Giruá; Escola Estadual Ângelo Beltramin, de Pinhal; Escola Municipal João José de Abreu, de Pelotas; e Escola Municipal Professora Ilda Clara Sebben Barazzetti, de Caxias do Sul.

O programa é organizado pela Escola do Legislativo Deputado Romildo Bolzan e promove ações para estudantes entre o 7º ano do Ensino Fundamental o 3º ano do Ensino Médio. _

"Quantas vezes disseram: ?temos que vender a Petrobras porque o petróleo vai acabar e vamos ficar com uma empresa que não presta?? Quem fala isso é um bando de imbecil."

Lula

Presidente durante evento no RJ

Capital quer ser uma Cidade Criativa

Porto Alegre quer se tornar uma Cidade Criativa da Unesco no setor de Gastronomia. O município está em processo de preparação para a candidatura e realizou nesta semana uma reunião de mapeamento para pleitear o selo mundial.

A reunião foi mobilizada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET), junto do Sebrae e da Unisinos, para verificar as potencialidades do setor.

A iniciativa da Unesco foi criada em 2004. No Brasil, há 14 municípios na Rede de Cidades Criativas da Unesco. _.

INFORME ESPECIAL

sábado, 7 de setembro de 2024

07/09/2024 - 12h17min
Martha Medeiros

Nunca escondi minha decepção com a política como ela quase sempre é: um espaço de manutenção e sucessão de poder

Difícil peneirar uma pepita de ouro em meio a tanto pedregulho. Por isso, já não levo tão em conta o currículo, e sim o jeito da pessoa

Os autoritários são blindados contra a emoção e os fanfarrões só despertam vergonha alheia.

Gilmar Fraga / Agencia RBS

É temporada de propaganda eleitoral. Mais uma vez, os candidatos se esforçam para ganhar nosso voto através de atributos morais duvidosos, já que precisam negociar com Deus e o Diabo ao mesmo tempo. Difícil peneirar uma pepita de ouro em meio a tanto pedregulho. Por isso, já não levo tão em conta o currículo, e sim o jeito da pessoa.

Vale para todas as relações. Ninguém se apaixona pela inteligência, cultura ou riqueza de alguém – claro que isso empolga e abre cancelas, mas o encantamento verdadeiro vem da subjetividade, não de vantagens concretas. A pessoa se torna especial pelo jeito único que ela tem. 

O jeito que te escuta. O jeito que trata desconhecidos. O jeito que lida com adversidades. O jeito que, em meio a um mundaréu de gente, te dá uma piscadela à distância, reforçando a conexão entre vocês. Conexão que é rara na política.

O diferencial de Kamala Harris, por exemplo, não está em seu histórico, mas em seu sorriso: é alguém que gostaríamos de receber em casa. Ela dança. Ela usa terno com tênis. É simpática, mesmo quando calada. Então isso basta??? Ora, ninguém sabe quem dará um bom gestor até que assuma. É apenas um sintoma de humanidade neste universo cada vez mais controlado por robôs e Inteligência Artificial.

Nunca escondi minha decepção com a política como ela quase sempre é: um espaço de manutenção e sucessão de poder, voltado para os objetivos particulares dos partidos, favorecendo o bem público apenas quando este serve de alavanca para se autopromover. Sendo assim, escolho a promessa de familiaridade, em vez da sisudez prolixa. Escolho o charme e a educação, em vez da vulgaridade. Escolho o desembaraço que cativa, em vez da malandragem ensaiada.

Candidatos com jeito de gente ao menos permitem que tentemos adivinhar o que eles sentem. Os autoritários são blindados contra a emoção e os fanfarrões só despertam vergonha alheia. Deveriam abandonar seus discursos retóricos e recuperar o tom de voz que usam ao falar com amigos. 

Trocar as poses esdrúxulas em estúdio por imagens de arquivo de sua rotina íntima: a vez que torceram por um neto na arquibancada de um ginásio, a vez que tiraram seus amores para dançar numa festa, a vez que gritaram “bravo” ao final de uma peça de teatro – vivências de quando não estavam em campanha.

Não me dá garantia de nada, mas prefiro quem depende pouco do teleprompter, do ponto eletrônico e da decoreba de um texto escrito por marqueteiros. Quem permite que sua essência e seu espírito transluzam, mesmo arriscando parecer simplório. Quem comove pela espontaneidade e, enquanto os concorrentes grudam os olhos nas pesquisas de intenção de voto, dá uma piscadela para você em meio à multidão. 

07/09/2024 - 17h00min
Sara Bodowsky

Vai viajar de carro ao Uruguai? Confira uma lista rápida do que você vai precisar 

Outras dicas da coluna: Porto Alegre terá três feiras neste fíndi, além da 4ª edição do Vinho no Vila Flores para o aproximar o público de bebidas produzidas com mínima intervenção 

Viagem para capital do Uruguai requer alguns documentos necessários como Carta Verde e CNH.

Sara Bodowsky / Arquivo Pessoal

Há cerca de um mês fui com a família de carro até Montevidéu, capital do Uruguai. E uma das perguntas que mais recebi foi: quais os documentos necessários para entrar no país vizinho? Preparei uma lista rápida, que você também encontra no Instagram @SaraBodowsky: 

Documento de propriedade do carro: aceitam a versão digital, mas não custa levar a impressa para garantir. 

Se o carro é financiado: peça para o dono original ou para o banco uma autorização para saída do país com firma reconhecida em cartório.

Carta Verde: é o seguro obrigatório do Mercosul. 

Carteira de motorista: aceitam a digital, mas se você tiver física, leve também. 

Aplicativo Telepeaje: habilite a placa do veículo para cruzar automaticamente pelas cancelas de pedágio do Uruguai. Carregue antecipadamente com cartão ou utilize por 24 horas (em no máximo seis pedágios) e pague depois.

Seguro saúde: sempre é indicado viajar com um. Nas últimas vezes que passei não me pediram, então, lembre que é por sua conta em risco. 

Vila Flores

Tati Feldens / Divulgação

Proposta será aproximar o público de bebidas com mínima intervenção na produção.

Tati Feldens / Divulgação

Neste fíndi rola a 4ª edição do Vinho no Vila Flores (Rua São Carlos, 759, bairro Floresta), sempre das 14h às 20h, nos dois dias. A proposta do evento é muito bacana – aproximar o público de vinhos produzidos com mínima intervenção. 

São os vinhos naturais, autorais, ancestrais, biodinâmicos e orgânicos. Pelo menos 24 produtores gaúchos estarão por lá explicando um pouco de cada uma dessas qualificadoras e oferecendo seus melhores produtos para degustação ao público. O evento terá ainda uma atração internacional, a Quierovino, de Antonella De Ambroggi, diretamente de Montevidéu, do Uruguai. 

Na Serra

Divulgação / Divulgação

Evento vai oferecer rótulos variados de espumantes e vinhos.

Divulgação / Divulgação

Flores da Cunha é um destino cada vez mais interessante na Serra da uva e do vinho. Com vinícolas de destaque, produtos de qualidade e gastronomia atraente, é uma dica garantida para curtir um bate e volta ou até um fim de semana.

Aproveite para colocar na agenda o Festival Altos Montes – Vinhos & Espumantes 2024, que rola no dia 21 de setembro, das 18h à 1h, no Centro de Eventos da Vinícola Luiz Argenta. O evento vai oferecer 19 rótulos variados de espumantes e 19 de vinhos. 

Os participantes também terão à disposição uma taça de cristal, mesa de antepastos com pães, queijos e frutas, um prato quente elaborado pelo Chef Fredi Fontana, mesa de doces e show da Banda Tríadi Música e DJ até o encerramento da festa. Os ingressos podem ser adquiridos no link gzh.digital/FestivalAltosMontes. 

No sábado, a partir das 15h, tem aniversário de cinco anos do Buena Fiesta Social Club ocupando a Rua Cel. Genuíno. Vai rolar comidas, bebidas e shows com Duda Fortuna, Pata de Elefante e Paula Martini Soul Fellas.

Domingo tem Brick de Desapegos no Bar Ocidente (Osvaldo Aranha, 960, Bom Fim), das 11h às 19h. Serão mais de 50 expositores com moda vintage e autoral.

Ali pertinho, na Rua Vasco da Gama, embaixo do viaduto da Rua Ramiro Barcelos, vai tá rolando a Feira Mosaico, com muitos produtos artesanais, cerveja local e comidinhas especiais – além de música ao vivo. É das 11h às 18h. 


07 de Setembro de 2024
CARPINEJAR

Princesa da sucata

Quando os pais comprarem qualquer bugiganga para sua residência, qualquer eletrodoméstico ou brinquedo grande, recomendo se desfazerem sumariamente da caixa de papelão.

A tradição é armar um mistério, prolongar o suspense até o pequeno não aguentar mais, registrar o espanto com vídeo e fotografia, deliciar-se com as risadas da festa e as caretas da alegria.

Mas, de modo nenhum, abram o embrulho na frente da criança. Já tratem de desovar rapidamente o lixo na área de serviço, não deixando pistas ou rastros de sua existência.

Minha produtora Débora Tessler não seguiu o meu conselho. Ela e seu marido Maicon desempacotaram a nova cadeirinha de bebê no meio da sala, dispostos a fazer uma surpresa para Stella, um aninho, que teria um assento ultramoderno e protegido, com suporte para mamadeira, no banco traseiro do carro.

A menina nem deu bola para a novidade, apenas se interessou em entrar na caixa de papelão. Assim a placenta do mimo ficou para sempre. O que pareceu um acampamento divertido para todos no primeiro dia virou uma casinha permanente no resto do mês. Os pais já estão pagando IPTU pelo puxadinho.

Stella não quer sair de dentro dela. Reconhece em suas abas o portão de seu palácio, com direito a pintar as paredes com giz de cera. É uma princesa da sucata. Leva sua cobertinha, seu travesseiro e sua boneca para o interior de sua improvisada caverna. Não vê mais graça em seu berço, seu chiqueiro, sua cadeirinha de comer. Vive em seu território da fantasia, indo e vindo. Sestas e cochilos são arranjados com a inclusão de travesseiros naquele chão de fábrica. Lanches e papinhas são realizados com adultos se agachando no esconderijo e propondo perigosos aviõezinhos em voos rasantes com as mãos - a esquadrilha de fumaça do prato de comida, com piruetas e giros da colher devido ao difícil acesso.

O casal recém tinha feito uma reforma no apartamento, para tirar as tralhas de vista. Agora é obrigado a dividir o espaço com um pterossauro de papel perto da televisão, um espigão do lado do sofá. O que gastou em decoração já não vigora mais. Recebe visitas daquele jeito, com a geringonça no centro. Toda tentativa de despejo foi em vão, toda chantagem foi negada, toda troca por algo melhor foi rechaçada com gritedo e mobilização popular.

Stella reina em seu faz de conta. O que a criança mais deseja é dar utilidade e significado ao que não tem serventia. Adora sobras e restos que possam gerar mímica e imitação da vida adulta. Não se importa com a funcionalidade dos pertences, com a duração, com os benefícios diretos. Reaproveita cascas e embalagens.

Não há como explicar o apego nessa idade de formação. Jamais saberemos o que Stella enxerga daquele módico quadrado com seus olhos de milagre.

Débora e Maicon precisarão conviver com o assentamento irregular. Até quando? Até a próxima caixa de papelão, até a próxima casa pré-fabricada. _

Stella reina em seu faz de conta. O que a criança mais deseja é dar utilidade e significado ao que não tem serventia

CARPINEJAR

Tiro no pé

Após acompanhar incontáveis embates políticos, formei uma convicção: não há ataque a adversários mais eficaz do que a exposição crua dos atos do alvo das críticas, o popular tiro no pé. Quando esses atos saem do plano do razoável para serem regidos por uma escala que vai do exagero ao estrambólico, o desgaste de imagem pode ser devastador.

Hoje, ninguém sabota mais a imagem de Alexandre de Moraes do que ele próprio. Numa gradação que foi perdendo o senso de medida contra a ameaça de golpe já há quase dois anos, o ministro incorporou o messianismo de um salvador da pátria e se deixou levar para o poço onde se imolam reputações. Com seus limites borrados, Moraes passou a inventar ritos legais, como punir todos os acionistas da Starlink porque Elon Musk é um dos proprietários. No fim, acabou substituindo o bisturi pelo martelo em cirurgias jurídicas de um não declarado estado de emergência judicial.

Moraes pode ter, e tem, as bases legais para banir o X do Brasil, uma vez que a lei determina que todas as plataformas devem manter representante no país. O problema não está aí, mas na origem da espiral de abusos que se acumulam desde que ele passou a enfeixar os poderes da República. Não tivesse Moraes emitido decisões secretas, censurado um senador, por mais vil que seja, e a filha de um desafeto da democracia, provavelmente não teria dado palco para o ego infinito de Elon Musk, oxigenado as ventas da extrema direita e contribuído para engordar as manifestações deste sábado.

A questão pode parecer complicada mas no fundo se trata de uma lógica simples. Pela Constituição, não há - ou não poderia haver - censura prévia no Brasil. Em abusos da liberdade de expressão, a punição deve ser, portanto, a posteriori, como na incitação a crimes. A priori, a censura só existe neste infindável e enviesado inquérito das fake news. Agora, como ocorre em países autoritários, se cassa também o direito de 22 milhões de brasileiros se expressarem e obterem o conteúdo que lhes aprouver em uma rede social, por mais nauseabunda que tenha se tornado.

Elon Musk não merece crédito em sua defesa seletiva da liberdade de expressão. Mas, aos olhos do mundo, Moraes furou o teto do bizarro e, sacramentado por colegas de toga, escorregou no ridículo ao proibir que brasileiros acessem o X via VPNs. Se nem China nem Cuba conseguem conter os dribles no ferrolho estatal, não será no Brasil que surgirá uma manada disposta a cumprir sem piar a censura judicial.

E agora estamos assim: para salvar o Estado de direito plantam-se sementes de um Estado de exceção. Não precisamos dele, nem do redespertar do extremismo por quem se dispôs a enfrentá-lo. _

MARCELO RECH


07 DE SETEMBRO DE 2024
EDITORIAL

Repto aos brasileiros

O Brasil chega ao 7 de Setembro de 2024, nas celebrações de 202 anos de independência, com dois de seus mais importantes desafios mostrando-se de forma explícita nesta exata data. Resta claro que, a despeito da consciência de parcela da sociedade quanto aos malefícios presentes e riscos no futuro, pouco de efetivo é feito para verdadeiramente superá-los.

Um deles é a crise climática, que emerge em fúria, antecipando cenários previstos pela ciência para algumas décadas adiante. O país arde em chamas pelas queimadas. A proliferação do fogo, em alguns casos por mãos criminosas, é facilitada pela maior seca já registrada, conforme atesta o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden). A fumaça cobre vários Estados e traz danos à saúde. O longo estio prenuncia dificuldades na produção de alimentos e de energia, com reflexos na economia e na inflação.

Ao mesmo tempo, o desfile cívico-militar, neste sábado, em Brasília, reverenciará os esforços em torno do apoio ao Rio Grande do Sul após a mais destruidora tragédia climática vivida pelo país, só que causada pelo outro extremo, o de excesso de chuva. O governador Eduardo Leite estará em Brasília para o evento. Helicópteros do Exército estarão ausentes da parada. Estarão em missão, combatendo incêndios.

Em outra dimensão, o país segue longe da pacificação, como ilustra a manifestação deste sábado convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e apoiadores em São Paulo, pelo impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Protestos de rua ordeiros, excluindo-se eventuais incitações a rupturas, são parte da democracia. Mas o ato é sintoma a evidenciar que segue em brasas a polarização política, o mal-estar entre poderes e a desconfiança de camadas da sociedade com as instituições.

Os grandes desafios diante do Brasil, em nome do desenvolvimento sustentável e do apaziguamento, são superar a extrema cisão social e os danos no convívio civilizado entre os cidadãos e construir consensos e iniciativas práticas para melhor preparar o país na prevenção e no combate aos extremos do clima. Em ambos os aspectos está presente a constatação de que resignar-se com os fenômenos de mais alto grau de virulência é uma omissão que a geração atual não pode legar para as vindouras. É vital recuperar o respeito e a confiança entre os indivíduos e destes para com as instituições da República, que precisam ser fortalecidas para bem exercerem o papel de esteio da democracia, a serviço de todos os brasileiros.

Divisões ideológicas profundas, enxurradas e ondas de temperaturas escaldantes são uma realidade global, é verdade. Mas o país, pelo histórico de tolerância da população e pelos ativos ambientais únicos, tem condições plenas de converter-se em um farol a iluminar o caminho para um futuro de transigência em relação às diferenças de pensamento e de transição para uma economia mais verde, a fim de evitar que o planeta se torne um lugar tão hostil quanto se teme neste momento. Cabe à sociedade demonstrar, com genuíno patriotismo, disposição para responder a este repto e cumprir o destino assinalado em trecho do Hino da Independência que sentencia que "do universo entre as nações/resplandece a do Brasil". 


07 DE SETEMBRO DE 2024
MOBILIDADE URBANA - Gabriela Plentz

MOBILIDADE URBANA

Trensurb detalha como irá funcionar operação a partir do dia 20

A Trensurb detalhou nessa sexta-feira como será a retomada da operação até a Estação Farrapos. A partir do dia 20, os trens voltam a circular em Porto Alegre, entre as 5h e as 23h, com intervalos de 15 minutos.

A tarifa de R$ 4,50 permanecerá sendo cobrada, incluindo o transbordo até o centro de Porto Alegre. Os ônibus vão sair da parada ao lado da Estação Farrapos e parar apenas no terminal Júlio de Castilhos, no Centro Histórico.

A empresa que irá realizar esse serviço será definida em licitação. A previsão é que o edital seja publicado na próxima semana, com resultado ainda antes do dia 20. O documento estipula a contratação de 310 viagens por dia, podendo ser ampliada ou reduzida.

Com a mudança, o contrato vigente com a Transcal deve ser encerrado. A estimativa da Trensurb é que o número de pessoas que utilizam o ônibus diminua em comparação aos que precisam atualmente do transporte desde a Estação Mathias Velho, em Canoas.

Subestações de energia

Nesta sexta, a empresa também publicou um edital no valor de R$ 120 milhões para a recuperação das três subestações de energia - Farrapos, em Porto Alegre, e São Luís e Fátima, em Canoas. O objetivo é reconstruir as estruturas com cota elevada para garantir que os equipamentos não sejam afetados por novas inundações.

Apenas a subestação São Luís está funcionando, ainda com 50% da capacidade. A circulação dos trens até a Estação Mercado depende dessa recuperação da subestação de energia na Farrapos.

A meta da empresa é que o serviço seja restabelecido até 24 de dezembro. Entretanto, a diretoria da Trensurb reconhece que o cumprimento do prazo depende da contratação da empresa que irá recuperar as estruturas de energia.

- Nós temos três tarefas: recuperar a via permanente (os trilhos), recuperar as obras civis e recuperar, pelo menos, uma subestação de energia que vai nos dar combustível para a frota chegar até o Mercado. Não sabemos como vai ser o comportamento do mercado, mas queremos ter, no dia 27 de setembro, um vencedor do certame. Esse vencedor vai ter dois meses para recuperar a subestação Farrapos, em cota elevada - afirmou o presidente da Trensurb, Ernani Fagundes.

Antes da enchente, a Trensurb transportava cerca de 116 mil pessoas por dia, mas o público caiu para 60 mil. Com o retorno da Estação Farrapos, o número deve chegar a 100 mil. 


07 de Setembro de 2024
DADOS DO IBGE

DADOS DO IBGE

RS tem a maior taxa de moradores em asilos

Dados do IBGE

Estado é o único onde mais de 200 habitantes a cada grupo de 100 mil vivem nessas instituições. São 22,3 mil pessoas, segundo o censo. Maioria é de mulheres com idade acima de 80 anos

A cada 100 mil moradores do Rio Grande do Sul, 205,4 residem em asilos ou outras instituições de longa permanência para idosos. A média nacional é de 79,2. O Estado é o único em que a taxa passa dos 200.

Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que lançou na sexta-feira um novo panorama do Censo Demográfico 2022.

O levantamento traz número e perfil de moradores por tipo de domicílio particular improvisado e por tipo de domicílio coletivo, bem como o número de domicílios vagos e de uso ocasional. Conforme a definição adotada pelo órgão, os domicílios coletivos são instituições ou estabelecimentos onde a relação entre as pessoas que nele se encontravam, na data de referência, era regida por normas de subordinação administrativa.

O perfil

Os asilos e outras instituições de longa permanência se encaixam nesta categoria. Foram contabilizadas em 2022, no total, 22,3 mil pessoas vivendo nesses estabelecimentos no RS.

Dos gaúchos que residem nesses locais, 49,5% possuem 80 anos ou mais, sendo que a maioria é de mulheres. Das 22,3 mil pessoas, 66,7% são mulheres (14,9 mil).

- Esse dado é dentro do esperado, pelo fato de o RS ser um dos Estados mais envelhecidos do país, com o Rio de Janeiro. Estes são os únicos dois Estados em que o quantitativo de idosos com mais de 60 anos já é maior do que a população de jovens de zero a 14 anos, levando em consideração o censo de 2022 - explica o gerente substituto de planejamento e gestão técnica do IBGE, Luís Eduardo Puchalski.

Em todo o Brasil, são 161 mil pessoas vivendo em asilos ou instituições de longa permanência para idosos, o que equivale a 19,2% dos moradores de domicílios coletivos e 0,1% da população do país. _

Sofia Lungui Beatriz Coan

07 de Setembro de 2024
ACERTO DE CONTAS-Giane Guerr

acerto das (tuas) contas

O inferno das tentativas de golpe contra os MEIs

Uma avalanche de tentativas de golpe caiu sobre a colunista aqui após o registro de um CNPJ como microempreendedora individual (MEI). Vão desde torpedos de SMS a e-mails com links falsos para fazer pagamentos que, segundo dizem as mensagens, estariam atrasados. A primeira mensagem chegou exatos 15 minutos após a emissão do primeiro documento no sistema Gov.br, do governo federal. Nos três dias posteriores, foram mais de 30 - infernais - ligações. E não só de criminosos, mas também de empresas "sérias" oferecendo serviços por ser uma "nova empresária".

Como os golpistas têm acesso a esses dados? Vazamento do sistema ou de pessoas que trabalham internamente nos órgãos. A aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) não é eficiente. Bom, resta ao pequeno empreendedor manter-se informado para não cair nas armadilhas. Ao lado, os seis golpes mais comuns contra MEIs. _

1 - Sites falsos para abertura de MEI

Parecidas com os portais oficiais do governo, páginas falsas cobram para criação do MEI. O processo, porém, é sempre gratuito, e feito pelo portal Gov.br.

2 - Golpe DAS-MEI

Criminosos enviam guias falsas de pagamento. O DAS verdadeiro não chega pelos Correios, SMS, WhatsApp ou e-mail. O usuário precisa emitir sua guia mensal no Portal do Empreendedor.

3 - E-mails para retificação

Desconfie de e-mails que pedem correções nas declarações. Ministério do Empreendedorismo e Receita Federal não enviam sem autorização da pessoa.

4 - Cobranças de taxas associativas

E-mails têm cobranças falsas de entidades, associações ou sindicatos. O MEI não precisa ser filiado a nada para atuar.

5 - Propostas de empréstimos

Não aceite empréstimos oferecidos em abordagens por WhatsApp, SMS e redes sociais. Se precisar, procure pelos canais oficiais de empresas consolidadas da área financeira.

6 - Boletos falsos

Não pague boletos enviados por e-mail, correio ou mensagens de celular. Pague somente a guia mensal emitida pelo portal Gov.br.

O alerta colorido e direto feito pelo BC

Às apostas - esportivas ou não -, a coluna ainda acrescentaria os títulos de capitalização e as frações de imóveis vendidos em multipropriedade.

A pessoa pode colocar seu dinheiro neles por lazer, entretenimento ou mesmo vício, mas jamais pode esperar retorno financeiro. _

Depósitos do FGTS

Voltará a ser depositado agora em setembro o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de trabalhadores de empresas atingidas pela enchente que suspenderam o recolhimento, uma das medidas do governo federal para desafogar o caixa dos negócios. Leitores estavam estranhando a falta de pagamento. A suspensão do recolhimento pegou de abril a julho, montante que será depositado em seis vezes a partir de outubro. Ou seja, por seis meses, o trabalhador receberá os 8% usuais do salário do mês, mais uma prestação. Entre os municípios da medida, está Porto Alegre. _

Natural e econômica

Consumidor verde

ACERTO DE CONTAS

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