sábado, 28 de setembro de 2024


28 de Setembro de 2024
NOTÍCIAS

Nova reitoria da UFRGS toma posse e celebra eleição com paridade

Ensino Superior

Primeira iniciativa envolve criação da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade e da Secretaria Especial de Mudanças Climáticas

A chegada dos novos gestores foi comemorada e aplaudida de pé pelo público. Os convidados celebraram a primeira eleição da universidade com paridade, quando votos de alunos, professores e técnicos administrativos têm o mesmo peso. A primeira ação da nova reitora foi entregar ao Conselho Universitário (Consun) os projetos de criação da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade, da Secretaria Especial de Mudanças Climáticas e da Coordenadoria de Educação Básica. Marcia e Costa receberam itens simbólicos dos servidores, como um pedaço de grade, representando a abertura das portas da universidade.

O discurso da reitora foi marcado pela ênfase na participação da comunidade na administração e na necessidade de ações para enfrentar as emergências climáticas. A professora de Física destacou que a universidade é o local onde se cria, protege e espalha o conhecimento, e possui duas características: ali, as revoluções nascem, e as pessoas se renovam.

- Esse é meu plano, aqui do sul do Sul: utilizando nossos polos de extensão, que já estão sendo mapeados, juntando com a Pró- Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade, vamos criar os meios para trazer um novo olhar não só para a UFRGS, Porto Alegre, RS e Brasil, mas para o mundo. E vamos fazer isso porque temos de resolver os problemas da democracia, da distribuição de renda e das mudanças climáticas - afirmou, destacando a biodiversidade do Brasil como alternativa para resolver problemas.

Prioridades

Necessitando de grandes reformas há anos, o Instituto de Artes ainda não tem um destino certo. A ideia é que parte das atividades seja levada para o antigo prédio da Medicina.

Anunciado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, o campus em Caxias do Sul não é confirmado por Marcia.

- O que dá para dizer é que nós ficamos animados com o espaço que vimos e com ânimo da cidade em tentar fazer isso acontecer. _

Luz ficará mais cara com bandeira vermelha patamar 2

Cobrança adicional

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na sexta-feira bandeira tarifária vermelha patamar 2 para o mês de outubro. Será o maior patamar de cobrança adicional na conta de luz desde abril de 2022, quando a bandeira "escassez hídrica" estava em vigor. Para o próximo mês, serão cobrados R$ 7,877 a mais para cada cem quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Os fatores que acionaram a bandeira vermelha patamar 2 foram: risco hidrológico (GSF) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) - valor da energia elétrica calculado para a energia a ser produzida em determinado período. As previsões de baixa afluência para os reservatórios das hidrelétricas e a elevação do preço do mercado de energia elétrica em outubro levaram ao resultado.

Estimativas apresentadas na semana passada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) já apontavam que o PLD de outubro deve superar os R$ 500 por megawatt- hora (MWh).

Houve uma sequência de bandeiras verdes - iniciada em abril de 2022 e interrompida em julho de 2024 com bandeira amarela.

Em agosto, houve bandeira verde em agosto e a vermelha, patamar 1, em setembro.

Inflação

O acionamento da bandeira tarifária vermelha patamar 2 representa um acréscimo de 0,45 ponto percentual sobre o IPCA. A projeção de impacto na inflação é da CM Capital. O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, vai atingir em outubro a marca de 60 acionamentos na classificação amarela, vermelha 1, vermelha 2 ou, a de maior impacto, bandeira de "escassez hídrica". _

Como funciona o sistema tarifário1397124194

O sistema de bandeiras tarifárias indica aos consumidores os custos da geração de energia no país, e visa a atenuar os impactos nos orçamentos das distribuidoras de energia.

Antes, o custo da energia em momentos de mais dificuldades para geração era repassado às tarifas apenas no reajuste anual de cada empresa, com incidência de juros.

No modelo atual, os recursos são cobrados e transferidos às distribuidoras mensalmente por meio da "conta Bandeiras".

As cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração, sendo a bandeira vermelha a que tem custo maior, e a verde, sem custo extra.

Segundo a Aneel, as bandeiras permitem ao consumidor um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. "Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta", avalia a agência.

Fernanda Polo Isabella Sander

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