sábado, 8 de março de 2025

08 de Março de 2025
INFORME ESPECIAL - Rodrigo Lopes

Consulado dos EUA em Porto Alegre deve "sobreviver"

Coerente com seu slogan "America First" (América Primeiro), o governo Donald Trump deve cortar dezenas de consulados e outras representações pelo mundo - entre eles no Brasil. A informação foi divulgada inicialmente pelo jornal The New York Times e confirmada pela coluna junto a fontes diplomáticas, sob anonimato.

No Brasil, o principal alvo deve ser o Escritório da Embaixada dos EUA em Belo Horizonte, que não tem status de consulado, ou seja, não emite vistos. O consulado americano em Porto Alegre não está, a princípio, na lista das representações diplomáticas americanas a serem fechadas por Trump.

O prédio foi reaberto em 2017, depois de 21 anos fechado. Desde então, a representação diplomática, localizada na zona norte na Capital, tem estreitado laços entre EUA e Rio Grande do Sul e facilitado a vida dos gaúchos que desejam fazer visto americano. Há consulados também em Recife, Rio de Janeiro e São Paulo - além do escritório em Belo Horizonte e da embaixada, em Brasília.

O clima entre funcionários das representações no Brasil é de incerteza. Circula internamente a informação de que serão cortados 20% dos quadros de forma geral do departamento - o que inclui os funcionários no Exterior -, mas não está claro como isso ocorrerá.

Conforme fontes, o escritório de Belo Horizonte não fornece vistos - logo, não seria rentável, o que pode ser um dos motivos para o encerramento das operações.

Nem os consulados nem a embaixada comentam oficialmente os possíveis cortes - todos os pedidos de esclarecimentos por parte da imprensa estão sendo endereçados para a sede do Departamento de Estado, em Washington.

Redução de imagem

Ao fechar representações pelo mundo, os Estados Unidos diminuem a projeção de sua imagem e interesses globais - ironicamente, em um momento em que a China, principal rival estratégico americano, vem crescendo em influência. Atualmente, segundo estudo do Lowy Institute, os EUA contam com 271 postos diplomáticos, contra 274 da China.

Conforme a reportagem do The New York Times, os consulados mais atingidos estão localizados na Europa. Há uma lista de funcionários do Departamento de Estado compartilhada com o Congresso americano citando algumas das representações que deveriam ser fechadas: estão incluídos os consulados em Florença (Itália), Estrasburgo (França), Hamburgo (Alemanha) e Ponta Delgada (Portugal). Nesse texto, há a inclusão do que seria um consulado no Brasil - embora, possa ser a agência de Belo Horizonte.

O plano faz parte de um ajuste mais amplo promovido por Trump, que tem como assessor Elon Musk, responsável por cortes em agências e departamentos em busca do que seria considerado pela Casa Branca "desperdício governamental". _

Anulação de licença negada

A Justiça Federal indeferiu o pedido liminar de anulação da licença prévia e de instalação da construção de uma estação de tratamento de esgoto (ETE) no Rio Tramandaí, no Litoral Norte.

Trata-se de efluentes de uma obra entre Xangri-lá e Capão da Canoa. A decisão foi publicada na quinta-feira e o pedido era de anulação da licença concedida pela Fepam à Corsan. A ação civil pública foi ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) e estadual em fevereiro deste ano.

Na decisão, o juiz da 9ª Vara Federal de Porto Alegre, Bruno Brum Ribas, afirmou que não vê motivos para a suspensão da licença e também não vê a existência de perigo ou risco ao resultado útil do processo. No despacho, o juiz também marcou para o dia 15 de abril uma audiência de conciliação entre as partes.

Segundo a Corsan, o despacho da Justiça Federal se alinha com a decisão da Justiça Estadual já proferida em julgamento das ações civis públicas propostas pelos municípios de Tramandaí e Imbé. Procurado, o MPF disse que está analisando a decisão e, em princípio, irá recorrer. _

Fuzileiros navais comemoram 217 anos

Em comemoração aos 217 anos de existência, o Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) apresentou, no Rio de Janeiro, na sexta-feira, novos equipamentos e armas em cerimônia que marcou o Dia dos Fuzileiros Navais.

Entre os novos itens, estão o Míssil Antinavio Nacional, lançado da terra, e a viatura blindada JLTV, além dos já tradicionais carros lagarta anfíbios (CLAnf) e as viaturas blindadas Piranha, dentre outros modelos.

No evento, estiveram presentes as primeiras mulheres combatentes fuzileiros navais incorporadas em 2024 e já integradas. Também houve desfile de viaturas militares e entrega de medalhas. _

O que mais chamou atenção na Holanda

O Conversas Cruzadas de quinta-feira recebeu representantes da comitiva do Estado e de Porto Alegre para saber, principalmente, o que mais chamou a atenção do grupo e os seus principais aprendizados durante a viagem que realizaram por mais de uma semana na Holanda. _

Pedro Capeluppi - Secretário da Reconstrução Gaúcha

"É a relação entre os holandeses, a água e a preocupação de construir soluções junto com a natureza. Obter sucesso nesse tipo de estratégia requer muita cooperação entre todos. O que mais podemos usar aqui é essa necessidade de trabalhar em conjunto, de buscar e planejar soluções que têm de ser implementadas até o seu final."

Germano Bremm -Secretário do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade de POA

"Há uma necessidade de sobrevivência do país como um todo, não isoladamente a cidade. O prefeito comenta muito isso entre universidade, a academia em si, o setor empresarial, os governos, no sentido de cada um dentro da sua área expertise e produzir as respostas e, efetivamente, fazer transformação."

Marjorie Kauffmann - Secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado

"Visitamos as obras já feitas, mas também tivemos conhecimento de um momento em que a comunidade toda, as universidades, os institutos, entregaram projetos para o futuro. O que os especialistas entendem que deva ser feito para que, em 2100, os Países Baixos estejam tranquilos. Precisamos desse amadurecimento."

Bruno Vanuzzi - Diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae)

"Há um pragmatismo a respeito de como enfrentar os desafios. Aquela quádrupla hélice que tanto se fala - governo, sociedade, academia, empresas - lá realmente funciona de forma coordenada. A noção de que a mudança climática é um risco para a sociedade é muito mais presente, mais palpável, o que gera responsabilidade maior de todos os atores."

INFORME ESPECIAL

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