quarta-feira, 4 de novembro de 2015



04 de novembro de 2015 | N° 18345
NO ATAQUE | Diogo Olivier

DIVISÃO DA GRANA


Voam por aí números arredondados acerca da premiação oficial aos clubes do Brasileirão. Mas há alguns trocados além dos milhões oferecidos pela Globo, detentora dos direitos de transmissão, do primeiro ao quinto lugar – daí para baixo os valores despencam. No caso do Grêmio, que briga para ficar atrás apenas do Corinthians, seriam R$ 6,3 milhões – e não R$ 6 milhões. Se o campeonato terminasse hoje, o Inter receberia migalhas: R$ 310 mil. Fortuna na minha e na sua vida, merreca na Série A. Não paga o salário de D’Alessandro. São R$ 34,4 milhões repartidos entre quem ficar até o meio da tabela. É praticamente o mesmo valor do ano passado. Eis a divisão da grana:

Campeão R$ 9,3 milhões

Vice R$ 6,3 milhões

3º lugar R$ 4,1 milhões

4º lugar R$ 3,1 milhões

5º lugar R$ 2,1 milhões

6º ao 10º R$ 310 mil

COADJUVANTES FARROUPILHAS


É preciso analisar os contextos específicos, é claro, mas sem revogar o principal. O Grêmio está distante 14 pontos do campeão Corinthians. É um oceano de pontos, de rendimento, de opções no elenco.

O Inter, então, nem de telescópio Hubble vê a equipe construída por Tite: 23 pontos. Grêmio e Inter são meros coadjuvantes. O futebol gaúcho não pode perder a dimensão de sua grandeza.

NASCIDOS NA ALDEIA

A crise aumentou o número de jogadores gaúchos na Arena e no Beira-Rio. No Grêmio são 11. No Inter, 10. A maioria dos naturais da aldeia não é titular, mas ainda assim é prova de que a falta de recursos obriga os dirigentes a rechear o grupo com pratas-da-casa.

É cerca de um terço dos elencos. E nessa soma não entram os da base nascidos em outros estados, como o baiano Walace ou o matogrossense Valdívia.

ARENA PARA A LIBERTADORES

O Grêmio planeja a Libertadores nos gabinetes. O grande objetivo é anunciar a compra da gestão da Arena antes da competição. Não será fácil. Há muitas partes envolvidas e um sem-número de cláusulas para serem vistas e revistas no contrato, cuja redação está em andamento. Mas seria um golaço de marketing.

DESORGANIZAÇÃO COLORADA

A torcida do Inter pegou no pé de Réver pelos seus erros nos gols sofridos no Serra Dourada, mas outros pecaram também. Anderson falhou na cara de Renan. Paulão foi vencido pelo alto nos dois gols do Goiás. No primeiro, Ernando assiste Zé Love entrar pela direita. Se a bola espirrasse do outro lado da área, encontraria um jogador de verde vergonhosamente livre.

No segundo gol, o jogador do Goiás pensa, ergue a cabeça e chuta. Se William, a sua frente, encurtasse o espaço, impediria a bola de ser alçada. Quando o zagueiro fica no mano-a-mano a todo instante com o atacante adversário é por que algo não vai indo bem no todo. O Inter perdeu por desorganização coletiva, e parte dela tem de ser depositada na conta do técnico.

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