sábado, 2 de maio de 2020


02 DE MAIO DE 2020
É DEMÓÓÓÓIS

SHOW DA VIDA

Nelson Marchezan fez uma live, na tarde de sexta-feira. Falou de sua opção nos decretos para relaxar um pouco o distanciamento social em Porto Alegre. Foi uma longa explanação, revelando diversos detalhes de abertura de lojas e também sobre profissões que estão sendo liberadas. Ainda falta muito, mas os resultados são animadores. Foi a opção pela vida. Temos um número de mortos imensamente inferior do que outras capitais brasileiras, e temos pouquíssima gente ocupando leitos dos hospitais com covid-19.

Com isso, os centros de treinamentos foram liberados, e já na segunda-feira o Inter reinicia seus trabalhos profissionais. Na interessante entrevista do presidente Marcelo Medeiros ao Sala de Redação, foram colocadas diversas situações sobre o retorno e dos máximos cuidados que terá o clube com a saúde de seus jogadores. Chamou atenção que a direção colorada fará, neste sábado, testes dos procedimentos que serão adotados. O Grêmio não confirma o retorno dos jogadores porque os testes adquiridos na Coreia do Sul ainda não chegaram. Tudo isso é possível porque as condições sanitárias de nossa cidade são, apesar de tudo, boas. Eduardo Leite e Nelson Marchezan estão ganhando esta dura partida. Felizmente. O Rio Grande do Sul está assistindo ao show da vida. Mas o jogo ainda é duro.

EMOCIONANTE Confesso que fiquei emocionado quando ouvi de Marcelo Medeiros que o seu Inter estudou todos os processos de protocolo para o retorno dos jogadores junto com o Grêmio. Poucas vezes se viu no nosso futebol dois presidentes tão amigos e possuidores de tanta sensibilidade. Eles sabem que a rivalidade precisa estar em campo, e que fora dele os problemas são muito comuns. Neste caso da crise que estamos vivendo, o fato de estarem juntos, dividindo preocupações e soluções para o enfrentamento das dificuldades, emociona. São adversários, nunca inimigos.O inimigo que está aí é o coronavírus.

ALTERAÇÕES Teremos muitas alterações na volta do futebol. A concentração tradicional não existirá. Quando necessário, será um jogador em cada quarto de hotel. Durante a semana, em dias sem jogos, virão de casa fardados para os treinamentos, sem uso de vestiário ou academias. Toda a preparação física irá para o campo ou aparelhos que cada jogador tiver em casa. O número de jogadores reservas deverá ser menor. Deverão viajar somente os profissionais e dirigentes fundamentais. Devem ser utilizados dois ônibus, para que os passageiros tenham distância entre si. Não creio que teremos abraços nos gols marcados. Enfim, será outro jeito de entender futebol. Tudo isto visando, prioritariamente, a saúde dos jogadores. É a nova realidade chegando entre nós. Será estranho, mas a gente logo se habitua.

PALPITES Foi só falar em volta do futebol e já surgiram os palpiteiros. Formadores de opinião, ocupando espaços importantes da imprensa ou da internet, exaltando opiniões definitivas. Claro que a quase totalidade deles não tem nenhum conhecimento de medicina. Suas opiniões são para se fazerem notar, ou porque têm mania de saber tudo.

Estou entre aqueles que recebem a opinião de autoridades, ou seja, os médicos, os profissionais que estão fazendo protocolos, as secretarias e o Ministério da Saúde. São eles que têm que opinar sobre isto. Os clubes precisam jogar, o futebol pode ser mais um importante aliado do isolamento social, já que o cara fica em casa vendo o jogo, e cuidar da saúde dos jogadores fica com quem sabe. Como os palpiteiros são chatos e definitivos!

PEDRO ERNESTO

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