sábado, 9 de maio de 2020


09 DE MAIO DE 2020
ACERTO DE CONTAS

R$ 1 bilhão na veia da economia local


Indústria de celulose e conhecida por ter feito o maior investimento privado da história do Rio Grande do Sul quando ampliou a fábrica de Guaíba com R$ 5 bilhões, a CMPC está trabalhando para manter o mesmo nível de produção de 2019, apesar da crise. O plano também é assegurar os 6,5 mil empregos que a companhia gera no Estado. E mais, irá comprar R$ 1 bilhão de fornecedores gaúchos em 2020, considerando materiais e a contratação de serviços. As informações foram dadas pelo diretor-geral, Mauricio Harger, durante a Live GaúchaZH na quinta-feira.

- Só na cidade de Guaíba, deixamos R$ 500 milhões todos os anos. E temos ainda um desafio triplo: manter a saúde dos nossos funcionários, a renda deles e o abastecimento de produtos nas prateleiras - comentou o diretor-geral.

Harger afirmou que a demanda global por celulose deve cair em torno de 2%, o que é um privilégio no cenário atual da economia com a pandemia. A CMPC exporta 92% do que fabrica no Rio Grande do Sul, sendo que China e Europa respondem por mais da metade dos embarques. Por ser uma exportadora que importa pouco, tem se beneficiado do dólar alto, o que dá competitividade para seu produto no Exterior.

Dos empregos gerados pela companhia no Estado, 2,3 mil estão em Guaíba. Os demais estão divididos entre 70 municípios. Anualmente, a empresa investe US$ 500 milhões globalmente em suas unidades. Segundo Harger, a operação de Guaíba é uma das mais relevantes para o negócio, porque, sozinha, computa 43% da produção de celulose da empresa e entrega em torno de 35% a 40% do resultado do grupo.

A empresa entende que alguns de seus segmentos sofrerão mais do que outros. É o caso, por exemplo, de papel para impressão, usado em livros, uma vez que as escolas estão fechadas. Já papéis de embalagem e papelão, no momento, estão com impacto neutro, porque, apesar de ter uma redução industrial, as pessoas estão pedindo mais coisas em casa. Ainda há a operação de papéis de higiene e limpeza, onde houve um aumento de demanda.

- Apesar de ter segmentos negativos e positivos, este ano deve ficar negativo e recuperamos nos próximos anos. Entendemos que serão tempos de adaptações - diz Harger.

Considerando o geral da economia, o diretor-geral da CMPC avalia que o próximo semestre será desafiador para o país. Ele acha que iniciaremos a volta ao normal somente por volta de julho ou agosto.

GIANE GUERRA

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