sábado, 9 de outubro de 2021


Ministério manda cortar 87% de verbas da ciência

O Ministério da Economia diminuiu em 87% o encaminhamento de verbas para o setor de ciência e tecnologia neste ano - a queda foi de R$ 690 milhões para R$ 89,8 milhões. A perda frustrou pesquisadores, que já contavam com o dinheiro em 2021. Na decisão, a pasta alega que a proposta de orçamento para 2022 aumentará consideravelmente os recursos para pesquisa.

O pedido de corte feito pela área econômica da gestão Jair Bolsonaro foi revelado pela colunista Míriam Leitão, do jornal O Globo. Em 25 de agosto, o governo enviou aos parlamentares o Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) nº 16, que abria crédito suplementar de R$ 690 milhões para o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações no orçamento deste ano. Em ofício enviado na quinta-feira à Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso, o governo decidiu dividir os recursos que iriam para ciência e tecnologia com outros seis ministérios.

A Academia Brasileira de Ciên­cias, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e Andifes, que reúne reitores das universidades federais, reagiram à medida. Em nota, os acadêmicos fazem apelo pela reversão do corte no Congresso e dizem que "está em questão a sobrevivência da ciência e da inovação no país".

Lamentação

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, lamentou o remanejamento de recursos.

- Ontem (quinta) não foi um dia muito bom com relação a orçamento, falando do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, mas a vida da gente é assim, tem um dia bom, um dia ruim. E eu tenho certeza, com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, ele apoia e gosta de ciência, nós vamos conseguir recuperar e aumentar esse orçamento - afirmou Pontes na abertura da 1ª Feira Brasileira de Nióbio, rea­lizada no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP).

O evento contou com a participação do presidente e de diversos ministros. 

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