sábado, 5 de outubro de 2024



05 de Outubro de 2024
MARCELO RECH

O Irã no alvo

"O Irã cometeu um grande erro", disse o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, horas depois do ataque com 180 mísseis, na terça-feira passada. Responsável pelo governo que não antecipou o maior atentado terrorista sofrido na história de Israel, Netanyahu entende de erros. No caso iraniano, acertou em cheio. Com o disparo dos mísseis, o regime dos aiatolás legitimou aquilo que Israel vinha retardando: uma resposta capaz de alterar o cenário militar e político do Oriente Médio.

Plataformas de mísseis - alvos prioritários. Serão visadas na primeira leva, bem como os centros de radares e de controle de lançamentos. Grande parte do sistema iraniano, contudo, está baseada no subsolo e em plataformas móveis. Uma porção significativa do arsenal poderá resistir e ser empregada em novo ataque a Israel.

Centrais nucleares - um alvo óbvio, de alto risco e complexidade. É o prêmio mais desejado por Israel e vizinhos que justificadamente rejeitam um Irã com arsenal atômico. No entanto, os centros de enriquecimento de urânio são subterrâneos e vazamentos nucleares poderiam criar muitas Chernobyls, atingindo toda a região. Podem ser alvo de sabotagens.

Seja a combinação que for, o Irã tem um enorme problema pela frente. O país está dividido entre fanáticos religiosos e aqueles que querem um Irã em paz com o Ocidente. O fim do regime dos aiatolás é uma das três condições para a paz no Oriente Médio - as outras são o reconhecimento generalizado de Israel e a criação de um Estado palestino. As duas últimas não existem sem a primeira. _

MARCELO RECH

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

09 de Novembro de 2024 MARTHA MEDEIROS Etarismo flexível Na época em que assistia shows inteiros em pé, na pista do estádio, como aconteceu ...

Postagens mais visitadas