O Irã no alvo
"O Irã cometeu um grande erro", disse o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, horas depois do ataque com 180 mísseis, na terça-feira passada. Responsável pelo governo que não antecipou o maior atentado terrorista sofrido na história de Israel, Netanyahu entende de erros. No caso iraniano, acertou em cheio. Com o disparo dos mísseis, o regime dos aiatolás legitimou aquilo que Israel vinha retardando: uma resposta capaz de alterar o cenário militar e político do Oriente Médio.
Plataformas de mísseis - alvos prioritários. Serão visadas na primeira leva, bem como os centros de radares e de controle de lançamentos. Grande parte do sistema iraniano, contudo, está baseada no subsolo e em plataformas móveis. Uma porção significativa do arsenal poderá resistir e ser empregada em novo ataque a Israel.
Centrais nucleares - um alvo óbvio, de alto risco e complexidade. É o prêmio mais desejado por Israel e vizinhos que justificadamente rejeitam um Irã com arsenal atômico. No entanto, os centros de enriquecimento de urânio são subterrâneos e vazamentos nucleares poderiam criar muitas Chernobyls, atingindo toda a região. Podem ser alvo de sabotagens.
Seja a combinação que for, o Irã tem um enorme problema pela frente. O país está dividido entre fanáticos religiosos e aqueles que querem um Irã em paz com o Ocidente. O fim do regime dos aiatolás é uma das três condições para a paz no Oriente Médio - as outras são o reconhecimento generalizado de Israel e a criação de um Estado palestino. As duas últimas não existem sem a primeira. _
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