segunda-feira, 15 de setembro de 2025



15 de Setembro de 2025
INFORME ESPECIAL - Vitor Netto

Em artigo, Lula manda recado para Trump

O presidente Lula assinou ontem um artigo no jornal norte-americano The New York Times, no qual enviou um recado a Donald Trump, afirmando que está aberto a negociar com os Estados Unidos, mas não abre mão da democracia e da soberania do Brasil.

Logo no início do artigo, Lula explicou que decidiu escrevê-lo para "estabelecer um diálogo aberto e franco com o presidente dos Estados Unidos". Segundo o brasileiro, é possível reconhecer como legítimas as motivações para a recuperação de empregos nos EUA e a reindustrialização ao aplicar tarifas sobre produtos brasileiros, mas considera que "ações unilaterais contra Estados prescrevem o remédio errado".

O brasileiro afirmou que o governo americano está utilizando tarifas e a Lei Magnitsky como forma de buscar impunidade ao ex-presidente Jair Bolsonaro, "que orquestrou uma tentativa fracassada em 8 de Janeiro de 2023, em um esforço para subverter a vontade popular expressa nas urnas", afirmou no artigo.

Condenação de Bolsonaro

Lula também fez elogios ao STF pelo resultado do julgamento que resultou na condenação de Bolsonaro. Ele destacou que não se trata de uma "caça às bruxas" - como dito anteriormente pelo secretário de Estado, Marco Rubio, e pelo próprio Trump -, mas sim que a decisão foi tomada em conformidade com a Constituição Brasileira de 1988.

Criticando a acusação do governo Trump de perseguição e censura perpetrada pelo sistema judiciário brasileiro a empresas de tecnologia americana, Lula afirmou que são "alegações falsas" e que todas as plataformas digitais, nacionais ou estrangeiras, "estão sujeitas às mesmas leis no Brasil".

Até o Pix, que foi alvo de críticas por parte dos estadunidenses, também foi mencionado no artigo de Lula. Segundo o presidente brasileiro, as alegações de práticas desleais do Brasil no comércio digital e nos serviços de pagamento são infundadas. "Não podemos ser penalizados por criar um mecanismo rápido, gratuito e seguro que facilita as transações e estimula a economia", afirmou.

Por fim, Lula disse que não há diferenças ideológicas que impeçam os dois governos de trabalharem juntos em objetivos comuns. Ele afirmou, também, que está aberto a qualquer negociação que possa trazer benefícios mútuos, mas enfatizou que "a democracia e a soberania do Brasil não estão em pauta". 

Em encontro da fraternidade, a imagem de Francisco

O Vaticano e a prefeitura de Roma sediaram a terceira edição do Encontro Mundial sobre a Fraternidade Humana. Líderes religiosos, diretores das maiores empresas de comunicação do mundo e premiados com o Nobel participaram do encontro. O ponto alto ocorreu à noite, quando milhares de pessoas na Praça de São Pedro assistiram ao concerto Graça para o Mundo.

Em um clima de fraternidade, e ao som do canto de Andrea Bocelli, luzes de drones sincronizadas projetaram a imagem do papa Francisco, criador dos encontros sobre a fraternidade humana, após a publicação da encíclica Fratelli Tutti, em 2020. _

Números de países confirmados para a COP30 divergem

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), divulgou nas suas redes sociais na sexta-feira que a ONU havia confirmado a participação de 140 nações na COP30. No entanto, esse número é diferente da contagem realizada pela Secretaria Extraordinária da COP30 (Secop).

O órgão confirmou à coluna ontem que o número de países que já resolveram a hospedagem - tanto pelas acomodações da plataforma oficial quanto fora dela - é de 71.

Por fora, a coluna apurou com fontes próximas à organização que o Pará tem divulgado números com base nos registros feitos pelos países no site da UNFCCC, órgão da ONU responsável pela organização das conferências. Porém, esses registros correspondem à lista de delegações que devem solicitar credenciamento, ou seja, são nomes pré-inscritos e não presenças já confirmadas no evento em novembro.

Já a Secop considera o número de países que já resolveram sua estadia em Belém - com reserva e pagamento efetuado. _

Ontem, milhares de fiéis foram até a Praça de São Pedro para celebrar o aniversário de 70 anos do papa Leão XIV.

França alerta hospitais para receber feridos de guerra

Um comunicado do Ministério da Saúde da França, de julho, ganhou repercussão nas últimas semanas na imprensa local. Trata-se de uma carta do governo orientando hospitais do país a se prepararem para um possível empenho militar em larga escala até março de 2026.

O documento aponta que a França poderá receber milhares de soldados em um eventual conflito de grandes proporções na Europa.

A carta foi publicada inicialmente pelo jornal Le Canard Enchaîné e repercutida por veículos como Le Figaro, o semanário Le Journal du Dimanche e o britânico The Independent. Segundo o Le Canard Enchaîné, entre 10 mil e 50 mil soldados podem ser internados nos próximos 180 dias.

Governo não nega

Questionada pela emissora BFMTV, a ministra da Saúde, Catherine Vautrin, não negou a existência do documento. Limitou-se a afirmar que os hospitais estão em constante preparação para epidemias e que seria "perfeitamente normal que se antecipe a crises".

Não ficou claro a qual guerra ou a quais militares a nota se refere. No entanto, o presidente francês, Emmanuel Macron, tem atuado de forma ativa para um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia. _

Venezuela em treinamento

No sábado, centenas de venezuelanos atenderam ao chamado do presidente Nicolás Maduro para participar de um fim de semana de treinamentos.

Ainda na sexta-feira, o líder da Venezuela convocou reservistas, milicianos e jovens que se alistaram para receber treinamento e aprender "a atirar". O objetivo é que os membros da Milícia Bolivariana estejam prontos para combater ameaças dos Estados Unidos. _

INFORME ESPECIAL 

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