
A MÚSICA DO RIO GRANDE
A Música do Rio Grande
Membros do júri analisam o desfecho da votação
Ativistas da cultura gaúcha e comunicadores
destacam a importância das canções selecionadas. Para Lucas Negri, a maioria é praticamente uma declaração de amor ao pago e enaltece a força dos festivais nativistas. "É uma playlist obrigatória", define o jornalista Giovani Grizotti
William Mansque
Nos últimos 10 dias, o especial multimídia A Música do Rio Grande promoveu 10 clássicos absolutos do regionalismo. Para os votantes, o resultado mostra a riqueza do nosso cancioneiro e reforça a identidade local.
O comunicador e apresentador do Galpão da Gaúcha José Alberto Andrade ressalta que está bem desenhado o perfil do gaúcho nestas 10 músicas.
Segundo Zé Alberto, essas composições exaltam a terra, os costumes, as relações humanas e reafirmam imagens do homem do campo ou a agrura daqueles que um dia o abandonaram.
Ele sublinha a importância da música mais votada, Céu, Sol, Sul, Terra e Cor, de Leonardo (1938-2010):
- Sem querer entrar em polêmicas, aqui está uma canção mais bela e mais significativa do que o próprio Hino Rio-Grandense. Leonardo criou uma verdadeira oração para quem tem amor pelo Rio Grande do Sul. Recentemente, a tragédia da enchente apenas ratificou esse hino gaúcho.
A potência dos eventos
O comunicador e autor na plataforma Linha Campeira Lucas Negri destaca que a maioria das músicas é praticamente uma declaração de amor ao pago.
- Outra coisa que me chama a atenção é a força dos festivais: seis das 10 músicas da lista são oriundas dos eventos nativistas - acrescenta Lucas. - Uma coisa interessante é que temos uma mescla de compositores de várias regiões do Estado, mas senti falta da região missioneira aqui no meio.
Que venham outros
O jornalista e autor da página Repórter Farroupilha Giovani Grizotti destaca que as finalistas formam uma playlist obrigatória para todos os gaúchos. Porém, ressalta o fato de a música mais recente do top 10 ter 28 anos - Batendo Água, composição de Gujo Teixeira e Luiz Marenco:
- Nosso desafio como ativistas da cultura gaúcha e comunicadores é tentar fazer com que outras músicas atinjam este patamar. E se eternizem.
Uma mexida na história
Por sua vez, Gujo celebra o reconhecimento de Batendo Água. Para o poeta e compositor, foi uma honra ter a sua arte lembrada em um grupo tão seleto de pessoas. Sobre o resultado, ele reflete:
- Acho que o especial deu uma mexida na história da música gaúcha, porque muitos talvez não lembrassem de certas canções e foram ouvir. Eu mesmo fazia muitos anos que não ouvia Negrinho do Pastoreio. Isso é um espetáculo. _
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