sábado, 16 de agosto de 2025


16 de Agosto de 2025
GPS DA ECONOMIA - Marta Sfredo

Trump pode desligar Brasil do Swift?

Como muitos não entendem a diferença de torcer contra um governo de turno e atuar contra o país, correm todos os tipos de boatos nas redes sociais. Inclusive o de que a perseguição de Donald Trump poderia incluir o desligamento do Swift (sigla em inglês para Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais). É uma espécie de intermediário das transações internacionais. No ano passado, fez 53,3 milhões de operações... por dia. Com sede em Bruxelas, é regido pelas leis da Bélgica. Os americanos têm maioria na gestão, e a entidade proclama ter "estrutura cooperativa, caráter global e neutro".

Embora não se possa duvidar de qualquer iniciativa de Trump, o presidente dos Estados Unidos teria muita dificuldade para impor uma decisão unilateral. Até pelo medo de que qualquer outro poderia ser o próximo. Desde 1973, quando foi criado, só dois países foram suspensos ou desligados do Swift: Irã, por duas vezes (em 2012, com volta em 2016, e em 2018), por descumprimento do programa nuclear, e a Rússia, pela invasão da Ucrânia, em 2022.

Só se virar ameaça ao mundo civilizado

Para ser punido dessa forma, o Brasil teria de ser reconhecido como ameaça ao mundo civilizado. Nem Trump foi capaz de sugerir semelhante baboseira. Nem os maiores críticos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva chancelam essa hipótese.

E embora seja, sim, muito grave ser desligado do Swift, é bom lembrar: a Rússia segue vendendo para o mundo, inclusive os EUA. Desenvolveu o Sistema de Transferência de Mensagens Financeiras e usa a opção da China, o Sistema de Pagamento Interbancário Transfronteiriço (Cips, na sigla em inglês). Um risco já percebido é o de que, com sucessivas sanções ao Brasil, Trump poderia provocar maior aproximação com a China. O atual ocupante da Casa Branca nega, mas já está ocorrendo.

Só para esclarecer, quando um país é desligado do Swift, seus bancos têm grandes dificuldades em realizar pagamentos internacionais. Não ficam inviabilizados. O grave é que leva mais tempo para efetuar transações internacionais, e o custo das operações sobe muito. _

Atuação em festival  - 7,65%

foi a alta nas ações do Banrisul na sexta-feira, depois que o banco estadual apresentou seu balanço do segundo trimestre. O lucro líquido no primeiro semestre ficou em R$ 619,2 milhões, 42,4% acima dos primeiros seis meses de 2024. Tornou-se o segundo maior no período da história. Conforme o presidente do Banrisul, Fernando Lemos, foram investidos R$ 177,9 milhões em tecnologia até junho, e o aporte deve chegar a R$ 400 milhões até o final do ano. O principal foco é em melhoria do app.

RS exporta parcela maior de sua produção

O estudo Comércio Exterior entre Regiões e Estados, da FGV Ibre, mostra o peso das exportações na economia do Rio Grande do Sul.

Os economistas Claudio Considera, Isabela Kelly e Juliana Trece se focaram na quantidade da produção local que é absorvida internamente e quanto do total é trocado, tanto entre diferentes unidades da federação quanto com o Exterior. No RS, as vendas a outros países representam 6,8% do total da produção.

É um percentual relevante. São Paulo, por exemplo, exporta 5,4% de sua produção para o mundo - afirma Considera.

Isso ajuda a entender por que o Estado é mais afetado do que a média nacional pelo tarifaço de 50% sobre os produtos que os Estados Unidos importam - ou, a essa altura, importavam. Ter bom peso das exportações na economia é positivo, tanto que é incentivado pela União e pelos Estados. O problema é que virou risco por causa do tarifaço estimulado artificialmente.

GPS DA ECONOMIA

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