
Como pode evoluir a relação Brasil-EUA
Quando Donald Trump falou em "química" com Luiz Inácio Lula da Silva, "patriotas" que fazem uma espécie de antidiplomacia creditaram o aceno a uma "estratégia genial" que desembocaria na aprovação de uma "anistia geral e irrestrita". Depois do telefonema entre os dois presidentes, quando o secretário de Estado, Marco Rubio, foi designado para encaminhar a negociação, novo palpite infeliz: o "profundo conhecedor da América Latina" não cairia "na conversa mole do Lula". Havia motivos para cautela, mas a intenção era sabotar.
Horas depois do encontro entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e Rubio, na quinta-feira, surgiu um antídoto à concorrência desleal: uma nota conjunta entre os dois órgãos oficiais da diplomacia de Brasil e Estados Unidos. A segunda voz da dupla que desafina dos interesses nacionais foi obrigada a reconhecer que o encontro foi "cordial", mas proclamou: "saíram com nada".
Back in business
Segundo a nota, os negociadores envolvidos "concordaram em colaborar e conduzir discussões em várias frentes no futuro imediato, além de estabelecer uma rota de trabalho conjunto". Dadas as intenções sinistras dos "patriotas", não parece "nada".
Nem os maiores interessados nos resultados, prejudicados pelo tarifaço estimulado pela antidiplomacia, esperavam anúncios concretos nessa primeira fase.Setores empresariais que sabem como se prepara uma reunião presidencial entendem a primeira abordagem oficial do tarifaço como um passo importante para levar a relação entre os dois países a um patamar mais racional. E que agora, Brasil e EUA estão "back in business", ou seja, retomando um diálogo, como avisou Trump, focado em "economia e comércio entre nossos dois países".
É melhor manter cautela, afinal a racionalidade segue longe de dominar Trump - basta ver as ameaças bélicas à Venezuela. Não importa o quanto o Brasil repita que é um dos três únicos países do G20 com os quais os EUA têm superávit, eventual alívio do tarifaço não virá de graça. Algo vai custar. É tarefa da diplomacia profissional do Brasil fazer com que seja o menor possível. _
Ao considerar insustentável a tarifa de 100% que ele mesmo impôs à China, Donald Trump serviu calmante aos mercados na sexta-feira. O dólar caiu 0,69%, para R$ 5,405, e a bolsa subiu 0,84%, voltando ao nível de 143 mil.
Um milhão de folhas
Aberta há cinco meses, a Sfoglia terá nova cozinha para duplicar a produção de croissants em Porto Alegre. Com R$ 500 mil, fabricará até 1,2 mil unidades ao dia. Em 2026, quer chegar a São Paulo. Hoje, opera em contêiner no Pátio Ivo Rizzo e já acumula faturamento de R$ 1 milhão, embalado por longas filas.
O novo local de fabricação no centro da Capital tem 500 m2. Vai começar ocupando um módulo, de 50 m2. Com a expansão, a Sfoglia quer adotar telentrega e fornecer produtos para cafeterias e outros pontos parceiros. _
500 mil cadernos
Neste mês, a CMPC aciona uma tradicional ação social no Estado. Escrevendo o Futuro prevê a distribuição de 500 mil cadernos para estudantes da rede pública de escolas municipais e estaduais de 65 cidades gaúchas. As entregas se estenderão ao longo dos próximos meses e têm apoio das secretarias municipais de Educação. A iniciativa começou ainda na década de 1990 e já contribuiu para a formação de cerca de 8 milhões de estudantes. Recebem cidades onde a empresa tem operações florestais, industriais e portuárias.
Maior empresa de energia do RS muda
Empresa responsável por toda a transmissão - transporte no "atacado", ou seja, por linhas de alta voltagem - e de dois terços da distribuição - transporte até as unidades de consumo - de energia no Rio Grande do Sul, a CPFL tem mudança no comando.
A empresa, que é controlada pela chinesa State Grid desde 2017, está substituindo o presidente do conselho de administração, cargo mais elevado na gestão. Quem assume é Sun Peng, com cerca de 30 anos de experiência no setor elétrico, em substituição a Daobiao Chen, ao qual a CPFL credita "um período de fortalecimento da governança e consolidação da estratégia de longo prazo".
A troca não deve significar mudança na gestão da CPFL Transmissão, nem na RGE, as duas empresas do grupo no Estado, com diretorias próprias. O executivo atuou em gestão na China, no Reino Unido e na Austrália. _
Nenhum comentário:
Postar um comentário