segunda-feira, 20 de outubro de 2025

18 de Outubro de 2025
INFORME ESPECIAL - Rodrigo Lopes

Tensão entre EUA e Venezuela faz Exército ficar atento

O Exército Brasileiro deve manter parte das tropas que participaram da Operação Atlas recentemente na Amazônia, devido ao recrudescimento da tensão entre Estados Unidos e Venezuela. A coluna apurou que inclusive o Sistema Astros, baseado em Goiás e deslocado para o exercício, ficará na região até, pelo menos, a realização da COP30, em Belém, no Pará.

O Astros fica baseado no Comando de Artilharia do Exército, em Formosa, Goiás. É um sistema de lançadores múltiplos de foguetes e mísseis, montado sobre veículos, que permite à artilharia realizar ataques de saturação em larga escala, com grande mobilidade e alcance. É considerado um dos sistemas mais avançados em sua categoria no mundo.

Na quinta-feira, os Estados Unidos voltaram a atacar uma embarcação que supostamente transportava drogas no mar do Caribe, próximo à costa do país sul-americano. Essas ações têm sido frequentes, desde que o presidente Donald Trump deslocou navios de guerra para a região sob o argumento de combate ao narcotráfico.

O clima ficou ainda mais tenso nos últimos dias depois que o jornal The New York Times informou, com exclusividade, que a Casa Branca deu ordem à CIA para operar no país com objetivo de derrubar Nicolás Maduro. O governo venezuelano anunciou que teria posicionado tropas em locais estratégicos diante da aproximação dos navios americanos.

Entre os dias 2 e 11 de outubro, as Forças Armadas brasileiras realizaram a Operação Atlas na Amazônia. O exercício, que envolveu Exército, Marinha e Aeronáutica, já estava previsto. Ocorreu a cerca de 30 quilômetros da fronteira com a Venezuela. Por isso, o governo brasileiro fez questão de reforçar junto aos dois governos - de Maduro e de Trump - que o grande deslocamento de efetivo militar não fosse associado diretamente à escalada da atual crise entre os dois países. O exercício militar foi criado para preparar as Forças Armadas para a atuação na COP30.

O Comando Militar do Sul (CMS) informou que as tropas de RS, Santa Catarina e Paraná que participaram da operação já iniciaram a desmobilização. O retorno se dará a partir de Manaus, com destino a Belém, com uso de balsa em alguns trechos, e, depois, por via terrestre. _

Despedida ao gaúcho que atuou na guerra entre Rússia e Ucrânia

O gaúcho que atuava como voluntário na guerra entre Ucrânia e Rússia e morreu no início do mês, Tailon Ruppenthal, de 41 anos, foi velado e sepultado na sexta-feira em Três Coroas, no Vale do Paranhana.

Ruppenthal havia se juntado às forças ucranianas em julho para lutar contra a Rússia. Ex-soldado do Exército, o gaúcho atuou no início dos anos 2000 na missão de paz da ONU no Haiti. Ele atuava como operador de drones na cidade ucraniana de Dnipro, onde foi atingido por uma explosão causada por um drone russo. _

Tropas do sul do Brasil serão responsáveis pelo 22º contingente da Operação Acolhida, ação humanitária do governo brasileiro iniciada em março de 2018 com o objetivo de receber, abrigar e interiorizar refugiados e migrantes venezuelanos que entram no Brasil em decorrência da crise na Venezuela. São cerca de 270 militares do Comando Militar do Sul (CMS) que cumprirão missão em Boa Vista e Pacaraima, em Roraima.

Ação climática nos municípios do RS

Apenas três dos 497 municípios do Rio Grande do Sul dispõem de Plano de Ação Climática. São eles: Porto Alegre, Canoas e São Leopoldo.

Os gestores dessas prefeituras reportaram que têm o plano no Roadmap Climática, ferramenta da Secretaria Estado de Meio Ambiente e Infraestrutura lançada na COP29, em Baku, no Azerbaijão, no ano passado. Outros três municípios também disseram dispor da estratégia, mas anexaram documentos, como planos de contingência.

O baixo número e a confusão dos termos demonstram desconhecimento ou pouco valor dado pelas prefeituras gaúchas ao tema. _

Redução de filas de colonoscopia

Diante de uma fila de mais de 20 mil pessoas aguardando por exames de colonoscopia em Porto Alegre, a prefeitura lançou um edital em busca de novos prestadores de serviço para os procedimentos. A iniciativa visa captar R$ 250 mil.

O objetivo, além de reduzir filas, é credenciar instituições interessadas em prestar o serviço de forma complementar à rede municipal. Atualmente, a tabela do SUS estabelece um repasse de apenas R$ 112,66 por colonoscopia. Com o novo edital, o município poderá garantir o pagamento de R$ 681,65 por exame - valor de referência de mercado e mais compatível com o custo real do procedimento. _

Coisas diferentes

Plano de Ação Climática traça metas e estratégias de longo prazo para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, se adaptar às mudanças do clima e promover um desenvolvimento urbano sustentável. Já o Plano de Contingência, ações emergenciais e operacionais para responder a desastres climáticos extremos, como enchentes, secas, deslizamentos e ondas de calor. O primeiro é um plano de transformação estrutural, enquanto o segundo, de gerenciamento de crise. 

Dupla correção

A coluna errou. A eleição brasileira monitorada pela CIA, agência de inteligência americana, e comprovada em documentos dos Estados Unidos foi a de 1989, e não de 1998, como publicado na edição de sexta-feira.

Além disso, o ditador do Panamá à época da invasão americana, em 1989, era Manuel Noriega, e não Daniel Ortega como publicado neste espaço.

Pedimos desculpas aos leitores do Informe Especial. 

INFORME ESPECIAL

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