
Só concessões podem melhorar estradas
Com o segundo maior PIB do Rio Grande do Sul, a região de Passo Fundo clama por obras capazes de garantir o escoamento da produção. Na Feitech, feira que termina neste sábado, empresários de diferentes setores cobraram a duplicação da BR-285, de responsabilidade do governo federal, e a realização do leilão do lote 2, pelo Estado, para melhorar a qualidade dos acessos à cidade e a comunicação com municípios vizinhos.
Quem conhece a situação das estradas e a dificuldade de caixa dos governos sabe que não há outro caminho fora da concessão, apesar da rejeição da população ao pagamento de pedágio. No caso da BR-285, o repórter Jocimar Farina informa que não está nos planos do governo concedê-la ao setor privado - e uma concessão desse tipo depende em primeiro lugar de decisão política. Por motivos ideológicos, o governo Lula resiste aos pedágios e condena importantes regiões produtivas a conviverem com estradas esburacadas ou cuja capacidade está esgotada há mais de uma década.
As obras de duplicação da BR-386, que estão sendo feitas pela CCR ViaSul, deveriam inspirar os governos estadual e federal a acelerar a transferência de rodovias para a iniciativa privada.
A duplicação do trecho entre Fontoura Xavier e Tio Hugo está andando em ritmo acelerado e a qualidade do asfalto e da sinalização melhorou a olhos vistos. Comparando-se ao período em que a rodovia esteve sob responsabilidade do Dnit, quando até a pintura das faixas foi negligenciada, dá prazer em pagar o pedágio.
O péssimo estado da BR-158 (entre Santa Maria e Cruz Alta) e o esgotamento da BR-290 (de Eldorado do Sul a Uruguaiana) também recomendam que se pense numa concessão para garantir segurança e investimentos.
As vozes contrárias aos pedágios esquecem que São Paulo, considerado exemplo de logística, é um Estado com todas as principais rodovias concedidas ao setor privado, além de contar com trens para transportar a produção.
Os que vociferam contra a concessão do lote 2, que abrange rodovias da Serra e do Norte e que inclui a duplicação da RS-135, entre a BR-386 e Passo Fundo, deveriam comparar o que era a RS-122 antes da concessão. Além de mal sinalizada entre São Vendelino e Caxias do Sul, era o terror dos motoristas por causa dos buracos que destruíam pneus e quebravam rodas. _
No Interior, secretária faz entregas voltadas à saúde da mulher
Em roteiro pelo Interior, a secretária da Saúde, Arita Bergmann, fez entregas destinadas à saúde das mulheres. Na sexta-feira, em Ijuí, inaugurou um ambulatório dedicado ao público feminino e anunciou a aquisição de um aparelho de ultrassom para o Hospital Bom Pastor.
Arita também inaugurou dois ambulatórios de Serviços Especializados de Referência à Saúde da Mulher (SERMulher) - um no Hospital de Clínicas, em Ijuí, e outro no Hospital Nossa Senhora da Piedade, em Nova Palma. _
Comissão de Educação vai a campo ouvir a comunidade
Aliás
Não há pedágio mais caro do que os acidentes fatais causados por estradas malconservadas, congestionamentos intermináveis e perda de tempo.
É preciso, de uma vez por todas, vencer as resistências com argumentos e com editais que levem em conta também a razoabilidade das tarifas, para não repetir, por exemplo, o caso da BR-116-Sul, que tem um dos pedágios mais caros do Brasil, sem obras de contrapartida.
No improviso, Lula tropeça no vocabulário
Acostumado a falar de improviso, o presidente Lula volta e meia escorrega nas palavras. Foi o que aconteceu na Indonésia, quando, ao comentar as ações dos EUA contra o tráfico de drogas na América Latina, disse que "traficantes são vítimas dos usuários também".
Se Lula tivesse dito que o mais lógico seria Trump reforçar a segurança nos portos e aeroportos dos EUA em vez de ficar bombardeando barcos no Caribe ou no Pacífico, estaria dizendo o que muitos especialistas pensam. Se tivesse afirmado que só existe traficante porque existe usuário de drogas, estaria dizendo o que muita gente que não consome drogas pensa.
Traficantes não são vítimas. São bandidos que ganham dinheiro à custa do vício e das fraquezas humanas.
Lula poderia ter dito, ainda, que o combate ao tráfico não pode ser usado como pretexto para derrubar um governo hostil aos EUA ou se vingar de outro que critica Trump. _
PPP das escolas
Mesmo que tenha determinado, em dezembro do ano passado, a suspensão do edital da parceria público-privada para reforma e manutenção de escolas estaduais, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) afirma que o processo não está parado, como dito pela coluna. Em nota, o tribunal diz que a ação segue o "trâmite regular". O TCE argumenta que o Piratini só ingressou com recurso em julho. No mês passado, o assunto começou a ser discutido, mas um pedido de vista adiou a conclusão.
POLÍTICA E PODER
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